• Carregando...
O presidente da FIA, Jean Todt (esquerda), chega para o julgamento em Paris. Sua opinião liberal influenciou o resultado | AFP
O presidente da FIA, Jean Todt (esquerda), chega para o julgamento em Paris. Sua opinião liberal influenciou o resultado| Foto: AFP

Em votação unânime, a Ferrari escapou ilesa do julgamento de ontem, em Paris, pela marmelada no GP da Alemanha, em 25 de julho, quando Felipe Massa cedeu a vitória a Fernando Alonso.

Os 26 membros do Conselho Mundial da FIA que se reuniram na sede da entidade consideraram que a Ferrari de fato infringiu o regulamento da Fórmula 1, que proíbe ordens de equipe. Mesmo assim, eles não aplicaram nenhuma outra sanção à escuderia, que tem enorme força política. O time italiano deixou a Place de la Concorde apenas com a multa de US$ 100 mil que já lhe havia sido imposta no dia da corrida em Hockenheim pelos comissários. O valor é simbólico para os padrões da F-1.

Apesar de a defesa ferrarista tentar descaracterizar a ordem de equipe, ela foi evidente. Mas, como o regulamento irá mudar e o presidente da FIA, Jean Todt, apesar de não presidir a reunião extra do Conselho, ser um liberal nesse aspecto, a entidade decidiu não retirar os pontos dos pilotos e da equipe.

Será esse liberalismo de Todt que vai orientar o Sporting Wor­­king Group (SWG), grupo que es­­tuda mudanças no regulamento da categoria, a repensar o texto do artigo 39, parágrafo 1, que apenas diz: "Ordens de equipe que interfiram no resultado da corrida são proibidas".

Antes do julgamento, a não ser os concorrentes da Ferrari na luta pelo título – Red Bull e McLaren –, que defendiam a perda dos pontos, os demais riam quando questionados sobre ordens de equipe. "A própria regra em si não faz sentido, por nosso esporte ser de equipe, e o seu texto permite que as equipes encontrem mil justificativas para se explicar", disse Steve Nielsen, diretor esportivo da Renault.

A comoção que gerou o fato de Massa atender ao pedido de seu engenheiro, Rob Smedley, não reverberou na Fórmula 1. "Não acho que eles [pilotos] tenham de ser punidos", afirmou Ross Brawn, diretor técnico da Mer­­cedes. Um dirigente de uma das principais escuderias contou à reportagem: "Todos nós temos um código para controlar o ritmo de nossos pilotos na pista, se ne­­cessário."

Calendário

O Mundial do próximo ano será o mais longo da história da F-1, com um recorde de 20 corridas. A temporada começará mais uma vez no Bahrein, como ocorreu neste campeonato. Depois de ter seu posto de prova de encerramento da temporada roubado por Abu Dhabi por dois anos, o GP Brasil voltará a fechar o calendário. A novidade é o GP da Índia, cuja pista ainda terá de obter a aprovação da FIA.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]