Enquanto os dirigentes quebram cabeça para encontrar o treinador capaz de recolocar o Santos como favorito à conquista dos títulos do Campeonato Paulista, Copa Libertadores e Brasileirão, a solução pode estar dentro de clube. Pelo menos é o que pensa o interino Marcelo Martelotte. Para ele, o melhor técnico para o time é ele mesmo.
"Não vejo ninguém que conheça melhor esse grupo de jogadores do que eu. Sei onde e como cada um pode render mais", disse Martelotte. Ele é membro da comissão técnica permanente do clube e está sempre pronto para assumir quando o comandante cai em desgraça com a diretoria como aconteceu com Dorival Júnior, no ano passado, e com Adilson Batista, na semana passada. "Eu me sinto pronto para assumir qualquer tipo de situação", acrescentou ele.
O entusiasmo de Martelotte tem explicações. O Santos ouviu "não" como resposta de todos os técnicos procurados para ocupar o lugar que ficou vago com a demissão de Adilson. De Abel Braga, o preferido de sempre, mas que se nega a abandonar o Al Jazira, dos Emirados Árabes, ao coordenador das seleções de base da CBF, Ney Franco, todos recusaram o convite.
Outra razão é que o quadro agora é bem mais favorável do que o do ano passado. Martelotte foi chamado para dirigir o time a poucas horas do clássico contra o Corinthians, na Vila Belmiro, no dia 22 de setembro, e sofreu a sua primeira derrota, por 3 a 2, como treinador profissional. O balanço do seu trabalho não foi bom: em 16 jogos, o time ganhou cinco vezes, perdeu cinco e empatou seis.
Mas aquele era um time em transição, após as saídas de Robinho, Wesley e André e a grave contusão sofrida por Paulo Henrique Ganso. Agora, Martelotte sente que pode ir longe com o retorno do mesmo Ganso, antecipado para o dia 16, a recuperação de Arouca e a colaboração de todos os jogadores. Alguns deles se queixavam das invenções e seguidas mudanças de Adilson na formação do time.
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