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Se não é de um milagre que Felipe Massa precisa para ser campeão da Fórmula 1 no próximo dia 2, no GP do Brasil, é quase isso. Sua missão é ingrata, já que ele tem de descontar os sete pontos de desvantagem para Lewis Hamilton, mas o piloto da Ferrari se recusa a entregar os pontos. Ele acredita que, em Interlagos, terá um trunfo valioso nas mãos: o apoio da torcida brasileira.

O piloto desembarcou ontem em São Paulo, vindo da China, cheio de esperança. E ele tem motivos para estar animado. Em 2006, com a torcida a empurrá-lo, Massa ganhou o GP do Brasil com sobras. E, no ano passado, só não repetiu a dose porque teve de ceder a vitória para seu companheiro Kimi Raikkonen, que foi campeão em Interlagos.

"Pressão da torcida só ajuda", disse Massa, no Aeroporto de Cumbica. "Eu sempre gostei de correr em casa, pois dá para absorver tudo de positivo para fazer o melhor na pista. Os dois anos anteriores mostraram isso."

O maior problema de Massa é saber que a vitória em São Paulo não lhe basta para ser campeão. Além de vencer, ele terá de torcer para que Hamilton não termine a prova entre os cinco primeiros colocados. Por isso, o brasileiro prefere não exagerar no otimismo. "Vamos entrar para vencer e o resto que acontecer, só Deus sabe", disse Massa, pronto para ser o primeiro brasileiro campeão da F-1 desde 1991, ano do último título de Ayrton Senna. "É muito bacana correr em casa, quem sabe com uma pequena chance de vencer (o campeonato)."

Para ser campeão, Massa conta com a torcida e também com suas superstições, que não são poucas. A principal será usar a cueca com a qual ele disputa todos os GPs. "Tenho uma superstição com a cueca, que é a mesma no sábado e no domingo. Vai ser ela de novo", explicou o piloto.

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