Budapeste - Na última quarta-feira, Felipe Massa chegou a perguntar se poderia disputar a próxima etapa da Fórmula 1, no dia 23 de agosto, em Valência. Ontem, depois de saber que sua presença na corrida está descartada, em função do grave acidente que sofreu no sábado passado, o piloto brasileiro fez um pedido: quer voltar para casa. Será atendido no domingo, quando um helicóptero o levará do Hospital Militar ao Aeroporto de Budapeste. De lá, segue para o Brasil.
Como tem acontecido desde que recobrou a consciência, Massa mostrou muito bom humor, ao ligar para o amigo Rubens Barrichello e, em tom de brincadeira, lhe dizer para prender melhor as peças do seu carro. Foi uma mola solta da Brawn GP de Rubinho que atingiu a cabeça de Massa durante o treino de classificação do GP da Hungria e provocou o grave acidente do brasileiro da Ferrari.
"A Silvana, esposa do Rubinho, teve de acudi-lo de tão impressionado que ficou com a ligação do Felipe", revelou Raffaela, a esposa de Massa, ao comentar sobre a conversa entre os dois pilotos nesta quinta-feira. "O Rubinho não esperava. Disse para o Felipe que se pudesse fazer alguma coisa, se ele está tendo alguma despesa. O Felipe respondeu que a conta é bem extensa, brincando, lógico."
Com o seu engenheiro na Ferrari, Rod Smedley, Massa também falou bastante por telefone. E o assunto, admitiu Raffaela, foi trabalho. "Fizeram vários cálculos de colocação no grid, ultrapassagens na largada, com o sistema de recuperação de energia (Kers). E, tendo como base os tempos de volta do Raikkonen (companheiro de equipe do brasileiro), concluíram que o Felipe poderia ter mesmo vencido (o GP da Hungria). O Felipe soltou o maior palavrão no telefone", disse a esposa do piloto.
Enquanto isso, em Maranello, Michael Schumacher resolvia questões burocráticas para substituir Massa. Tirou o molde do banco, deu entrada na renovação da superlicença e trabalhou no simulador da Ferrari. Hoje, irá para pista no carro usado pela escuderia em 2007. A FIA proíbe testes com o carro atual.
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