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O brasileiro Felipe Massa admite que o título está nas mãos do rival e que sua única meta é terminar o ano com vitória no GO do Brasil. | Paulo Whitaker/Reuters
O brasileiro Felipe Massa admite que o título está nas mãos do rival e que sua única meta é terminar o ano com vitória no GO do Brasil.| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Tranqüilo, e jogando as expectativas para baixo. É assim que Felipe Massa deu início à semana decisiva do Mundial de F-1. Semana que pode fazer dele, após o GP Brasil, no domingo, em Interlagos, o primeiro brasileiro campeão desde 1991.

Com sete pontos a menos que Lewis Hamilton na classificação, no entanto, sabe que não será fácil alcançar seu objetivo.

"Acho que é mais fácil o São Paulo ser campeão do que eu", afirmou, aos risos, o são-paulino. "O São Paulo ainda tem mais sete jogos pela frente e eu só tenho uma corrida."

Para Massa, só uma vitória ou um segundo lugar interessam. Qualquer outro resultado dá o título ao piloto da McLaren, que só precisa chegar em quinto para ser campeão.

E é justamente por isso que o brasileiro diz estar muito calmo para a corrida de domingo, que encerra sua melhor temporada na F-1 – foram cinco vitórias, cinco poles, duas voltas mais rápidas e, pela primeira vez desde sua estréia, em 2002, a real disputa por um Mundial.

"Eu estou muito tranqüilo, a responsabilidade agora não é mais minha. Eu não tenho mais nada a perder. Vou entrar pensando em ganhar e o resto, infelizmente, não depende mais de mim", falou Massa, que disse ainda que pretende "monitorar" o posicionamento de Hamilton durante toda a corrida.

"Se eu estivesse no lugar dele, estaria correndo para chegar em quinto. Talvez eu estivesse mais tenso para não fazer nenhuma besteira e mais agitado por estar mais perto da taça."

No ano passado, Hamilton chegou a Interlagos numa situação bastante parecida. Depois de errar na China, voltou a errar em São Paulo e acabou deixando o título escapar.

Na ocasião, tinha quatro pontos a mais que seu companheiro de McLaren, Fernando Alonso, e sete a mais que Kimi Raikkonen, que ficaria com o Mundial. Agora, após dar mostras de que não tinha aprendido com os erros ao assumir riscos desnecessários no GP do Japão, Hamilton voltou a mostrar tranqüilidade na China, há menos de duas semanas, quando venceu com extrema facilidade.

"Eu acho que ele deu mostras de ter amadurecido em algumas ocasiões. Mas o campeonato não acabou ainda. Eu estou torcendo para ele ser bem agressivo", brincou Massa.

Pela primeira vez em casa com chances de ser campeão, o ferrarista diz que o assédio não incomoda. "Para mim, ajuda. Já fui torcedor, sei como é ficar na arquibancada", disse ele. "Independentemente de conquistar o título ou não, se eu vencer o GP Brasil vou comemorar. Ganhar em casa é como vencer um campeonato, apesar de eu ainda não ter vencido."

Questionado se seria justo ficar com o título, foi direto. "No esporte não tem essa de merecimento. Isso é papo de chorão. Fiz um excelente Mundial."

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