Quarenta e nove pontos. Esse é o número mágico que norteia as pretensões de Atlético e Paraná no Campeonato Brasileiro. Atingindo a marca, os vizinhos da Rua Engenheiros Rebouças poderão respirar aliviados, se livrando da guilhotina que mandará quatro times para a Segunda Divisão em 2008.
A conta é do matemático gaúcho Tristão Garcia, responsável pelo site de estatísticas infobola (www.infobola.com.br), referência no assunto desde que o Nacional começou a ser disputado por pontos corridos, em 2003. "Com 49 pontos não existe a menor possibilidade de rebaixamento, eu garanto. Já com 48 a probabilidade é pequena, quase remota (em torno de 1%), mas não vale a pena brincar", afirma ele.
Depois de quebrar a invencibilidade de sete jogos do Fluminense e deixar a zona de rebaixamento para trás após duas rodadas, o Tricolor tem atualmente 36% de chances de deixar a Série A de acordo com o matemático. Apenas os atuais inquilinos da faixa da degola América-RN, virtualmente rebaixado (100%), Juventude (94%), Corinthians (62%) e Atlético-MG (40%) possuem índice pior que o paranista.
"O América morreu e o Juventude só falta oficializar", crava ele, apostando que Paraná, Galo e Timão brigarão pelas últimas vagas na Série B do ano que vem.
Já a possibilidade de o Rubro-Negro perder o assento entre os grandes é menor: 16%. "Apesar da goleada que sofreu para o Náutico (5 a 0), o momento do Atlético é um pouco melhor", especula Garcia.
Há, porém, a hipótese de os rivais se livrarem da Segundona com uma pontuação menor. Primeiro time fora da ZR, o Paraná (16.º colocado com 34 pontos) ostenta até o momento 40,5% de aproveitamento. Mantido o retrospecto geral, o clube chegaria a 46 e permaneceria na elite. Em 2006, também com 20 clubes na disputa, o Palmeiras se salvou com 44 pontos a Ponte Preta, com 39, fechou o grupo dos rebaixados. "Esse número não é nada seguro, até porque a tendência é que as equipes em perigo melhorem seus desempenhos nesta reta final", explica o matemático.
Atleticanos e tricolores traçam estratégias semelhantes para cruzar a linha de chegada, em dezembro, com a cabeça a salvo. Dono de um aproveitamento de 58,9% em casa, o Furacão precisa vencer os seis jogos que ainda lhe resta na Baixada para escapar até com certa folga de ser limado. A esperança paranista também recai sobre a Vila Capanema. O time, contudo, terá somente mais quatro chances de contar com o incentivo do torcedor.
Se a calculadora de Garcia estiver afiada, faltariam ainda três pontos para a redenção, que teriam de vir necessariamente dos seis duelos como visitante. O rendimento do Tricolor fora de Curitiba é modesto: 26,6%.
"Ainda está tudo muito embolado, mas em comparação com o Atlético, acredito que o Paraná irá sofrer mais", afirma o ex-jogador Neto, comentarista da TV Bandeirantes.
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