Depois de Fabiana Murer, que sofreu com o sumiço de uma de suas varas, e do fracasso de Jadel Gregório no salto triplo, o atletismo brasileiro aposta todas as suas fichas no desempenho de Maurren Maggi, que disputa a final do salto em distância a partir das 8h20 (de Brasília) de hoje, como a última chance real de conquistar uma medalha nos Jogos de Pequim.
A atleta, de 32 anos, sabe ser esta a sua última participação olímpica. "Se alcançar os sete metros, garanto medalha", analisou Maurren. Sua melhor marca deste ano é 6,99 metros, o terceiro salto de 2008, atrás da portuguesa Naide Gomes (7,12 metros) e da russa Lyudmila Kolchanova (7,04 metros). As duas rivais, contundo, não estarão na final.
Maurren tem 7,26 metros como a melhor marca de sua carreira, em 1999. Apenas as russas Tatyana Lebedeva e Oksana Udmurtova também ultrapassaram os sete metros e vão tentar medalha. Elas registraram 7,33 metros e 7,02 metros, respectivamente.
"A Maurren está mais madura, segura. Com certeza, ela vive o melhor momento de sua carreira", disse o técnico Nélio Moura. "Eu concordo, mas só consegui cumprir metade do meu objetivo", rebateu a atleta, depois de ficar com a segunda marca, ao atingir 6,79 metros na classificação. Só ficou atrás da norte-americana Brittney Reese (6,87 metros).
Além de Maurren, outra brasileira entre as 12 finalistas é Keila Costa. "Estou muito feliz. É um sonho conseguir estar na final", disse a atleta, que festejou muito, ainda na pista, a classificação. Ela saltou 6,62 metros e ficou com o oitavo lugar. "Dá para melhorar ainda mais", disse, confiante. Keila, de 25 anos, tem como sua melhor marca do ano 6,79 metros. Na carreira, atingiu 6,88 metros.
Uma medalha de ouro é o que o atletismo busca desde Los Angeles-1984, quando Joaquim Cruz ganhou os 800 metros. Além disso, um objetivo mais simples seria Maurren subir ao pódio, o que a tornaria a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha no atletismo terceiro esporte com mais medalhas para o Brasil, 13, contra 16 da vela e 15 do judô.
Um exame antidoping positivo pode ajudar o caminho de Maurren para o pódio. A ucraniana Lyud-mila Blonska foi pega com a substância metiltestosterona, um esteróide anabolizante, e suspensa preventivamente da final, depois de conquistar a terceira melhor marca das eliminatórias, com 6,76 metros. Blonska já cumpriu uma suspensão por doping entre 2003 e 2005, pode ser banido do esporte se for confirmada a nova infração.
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