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Maurren Maggi voa na disputa do salto em distância em Guadalajara: a marca de 6,94 metros que lhe deu o ouro foi a sua melhor de 2011 | Dennis Grombkowski/ AFP
Maurren Maggi voa na disputa do salto em distância em Guadalajara: a marca de 6,94 metros que lhe deu o ouro foi a sua melhor de 2011| Foto: Dennis Grombkowski/ AFP

Um ouro para ganhar o ano e não deixar dúvida: Maurren Maggi segue entre as melhores do mundo. Saltou ontem 6,94 me­­tros nos Jogos Pan-Americanos de Guadala­­jara, fazendo a sua me­­lhor marca de 2011 e conquistando o tricampeonato na competição continental. O mesmo evento que, há 12 anos, mostrou o que seria capaz de fazer na caixa de areia do salto em distância.

"Sabia que podia pular isso [6,94 m]. O Pan, pessoalmente, era mais im­­portante que o Mundial. Estou muito feliz de ser tricampeã, tanto que trouxe as duas outras medalhas para dar sorte. Fui tri, assim como o Adhemar [Ferreira da Silva, no salto triplo], que sempre me inspirou", afirmou a paulista de 35 anos.

Há dois meses, no Mundial de Daegu, Maurren fez a melhor marca das eliminatórias (6,86 m). Mas, após queimar dois saltos, pressionada, pulou apenas 6,17 m na terceira tentativa da final. Ficou fora do pódio. Com o resultado de ontem, no México, teria sido campeã mundial com folga – a vencedora foi a norte-americana Britney Reese, com 6,82 m, 12 centímetros a menos.

Ela venceu seu primeiro Pan em 1999, em Winnipeg, no Cana­­dá. Em 2003, suspensa por doping, não disputou em Santo Domingo, na República Domini­­cana. Voltou a treinar em 2006 e, no ano seguinte, chegou ao segundo ouro das Américas, nos Jogos do Rio. "Fo­­ca­­mos o auge dela para o Pan. Agora começa outro quebra-cabeça, que é a preparação para a Olim­­pía­­da", afirmou o técnico Né­­lio Moura.

Ao contrário da maior parte da delegação de atletismo, Maurren não fez a aclimatação para a altitude. Enquanto os velocistas e fundistas treinavam em La Loma, 1,9 mil metros acima do nível do mar, como preparação para os 1,5 mil metros de Guadalajara, a saltadora ficou em São Paulo até a semana passada.

Moura diz que o ar rarefeito da altitude até ajuda no salto, pois a resistência do ar diminui. Ontem a tricampeã foi dez centímetros mais longe do que os 6,84 m que lhe deram o ouro no Rio. E 35 centímetros a mais do que em Win­­nipeg (6,59 m).

Na mesma prova, a pernambucana Keila Costa não conseguiu repetir com Maurren a dobradinha no pódio de 2007. Fez 6,37 m e terminou em quinto. Comple­­ta­­ram o pódio a norte-americana Sha­­meka Marshall (6,73 m) e a colombiana Catherine Ibarguen (6,63 m).

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