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O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, afirmou nesta terça-feira que o espanhol Fernando Alonso e o inglês Lewis Hamilton, pilotos da McLaren na atual temporada da F1, mereciam perder todos os pontos conquistados até agora no Mundial pelo caso de espionagem da equipe à Ferrari.

- Para mim, tanto Hamilton como Alonso deveriam perder os pontos, mas a maioria do Conselho Mundial não quis. Bernie Ecclestone (chefão da F-1) também defendia o cancelamento de alguns pontos. Ganhou a democracia - diz o dirigente inglês, em entrevista publicada na edição desta terça-feira do jornal italiano "La Gazzetta dello Sport".

Além disso, Mosley reconheceu que, se Alonso não tivesse colocado seus e-mails à disposição da FIA, a punição seria ainda pior:

- A McLaren teria sido desqualificada provavelmente por dois anos e os pilotos perderiam os pontos, mas a multa à escuderia não teria sido tão alta - ressalta Mosley.

Ao falar das punições aos "espiões" Nigel Stepney, ex-engenheiro de Ferrari, e Mike Coughlan, ex-projetista-chefe da McLaren que teria recebido os dados do primeiro, ele disse:

- Haverá duras conseqüências penais para ambos na Itália e Inglaterra. Ninguém mais os contratará dentro da Fórmula 1, isto é certo - comenta.

Mosley disse ainda que, apesar de tudo, não deixou de elogiar a figura do chefe da McLaren, seu compatriota Ron Dennis, e reconheceu manter "um dialogo intenso" com a Ferrari.

Mosley confirma que Ecclestone sabia dos e-mails entre os pilotos espanhóis O dirigente também afirma que Ecclestone sabia dos e-mails entre os pilotos espanhóis Alonso e Pedro De la Rosa:

- Sim, ele me disse que eram comprometedores. Não sei quem os passou, mas tenho uma suspeita.

O presidente da FIA também não concorda com a forma como nasceram as suspeitas de espionagem - que muitos dão pela denúncia de um funcionário de uma loja de fotocópias onde teriam sido copiados os documentos do projeto da Ferrari.

- Acho que a história é outra. Já me disseram que Stefano Domenicali, diretor esportivo da Ferrari, teria recebido um e-mail anônimo dizendo que alguém tinha espionado coisas muito importantes da escuderia. O caso começou ali - afirma Mosley.

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