O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, disse nesta terça-feira que vai decidir em junho se tentará ou não a reeleição.
Em abril, imagens de Mosley em atos sexuais sadomasoquistas foram publicadas na imprensa britânica e o caso despertou pedidos pela renúncia do dirigente. Na ocasião, ele anunciou que só sairia do cargo quando seu mandato terminasse, em outubro do ano que vem.
No entanto, graças a um voto de confiança, ele tem falado ultimamente da pressão que sofre dos membros da federação para permanecer no gabinete.
O britânico disse ao site oficial da Fórmula 1 que ainda não tem planos de tentar a reeleição, mas tomará uma decisão em junho.
"A dificuldade é encontrar alguém com a experiência necessária, mas também tempo e vontade de desempenhar este serviço", disse.
Mosley, cujo papel foi crucial no corte de custos da competição, disse que qualquer candidato precisará ser muito paciente e ter "habilidade de entender rapidamente uma variedade grande de questões técnicas e legais".
"Eu aconselharia meu sucessor em potencial a pensar com muito cuidado antes de se candidatar", acrescentou.
Mosley afirmou ainda que a Fórmula 1 vai precisar de um fornecedor mundial de motores para evitar que as montadoras se retirem da competição por causa da crise financeira.
A Honda retirou-se neste mês, deixando apenas a BMW, a Renault, a Ferrari, a Mercedes e a Toyota para produzir motores para as demais equipes.
"Acho que precisamos ter pelo menos um fornecedor independente, por causa do risco de perdermos outra montadora ou mesmo duas", disse.
Ele comentou também as novas regras para o ano que vem.
"O regulamento aerodinâmico para 2009 foi desenvolvido por três dos melhores engenheiros da Fórmula 1", disse. "Não tenho como julgar se acertaram, mas caso não tenham, será uma surpresa e ficarei decepcionado".
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