Elton John participou do Viajazz Music Festival, em Madri, no início de julho| Foto: Sergio Perez-Reuters/Gazeta do Povo

Budapeste – Envolvida no maior escândalo de espionagem da história da Fórmula 1, a McLaren resolveu, na Hungria, lançar mão de um artifício que já havia tentado usar, sem sucesso, no GP do Canadá, há quase dois meses.

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Ontem, porém, conseguiu blindar seus pilotos e evitar o contato com a imprensa para que o assunto ganhe maiores proporções em Hungaroring, que hoje recebe as primeiras sessões de treinos livres para a 11.ª etapa do campeonato.

Primeiro, a equipe inglesa pediu à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) que Fernando Alonso, vencedor da última corrida e vice-líder do Mundial, fosse dispensado da entrevista coletiva que a entidade realiza às quintas pré-GP.

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"O pedido foi aceito", disse Bob Costanduros, condutor oficial das entrevistas da FIA, pouco antes do início da série de perguntas.

Depois, a McLaren anunciou que Lewis Hamilton também não participaria do habitual encontro com a imprensa no motorhome da escuderia. O objetivo é que seus pilotos se mantenham focados na corrida.

A única oportunidade de falar com o inglês foi num evento promovido por um de seus patrocinadores em Budapeste. Hamilton, porém, preferiu não comentar a batalha envolvendo Ferrari e McLaren fora das pistas. Focou-se apenas em sua ameaçada condição de líder do Mundial – tem dois pontos de vantagem para Alonso.

"A corrida passada foi cheia de acontecimentos, agora vai ser bom tentar voltar à forma", falou o piloto, que chegou em nono no GP da Europa, há duas semanas, interrompendo uma seqüência de oito corridas no pódio. "Mas eu chego aqui sorrindo. Perdi dez pontos, mas aprendi muito", completou ele, que sofreu um forte acidente na classificação em Nurburgring.

Satisfeita pelo caso de espionagem ter ido parar na Corte de Arbitragem da FIA – o que pode fazer com que a decisão do Conselho Mundial de não punir a McLaren seja revista –, a Ferrari tomou posição contrária e não evitou que seus pilotos falassem com a imprensa.

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Kimi Raikkonen participou normalmente da entrevista coletiva para a qual estava escalado, e Felipe Massa reuniu-se com jornalistas no motorhome da escuderia italiana.

"Claro que a gente sabe o que está acontecendo, lê e ouve as coisas como todo mundo", falou Massa.

"Mas não é bom entrar nesse jogo, nessa política, sabendo que a gente tem muito o que trabalhar para acertar o carro e não perder o foco dentro da pista", completou.

Na TV: Treinos livres para o GP da Hungria, às 9 h, no Sportv.