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Londres – Ninguém na McLaren soube antes do dia 3 de julho que um dos empregados da equipe estava de posse de informações confidenciais da Ferrari, declarou ontem a escuderia inglesa. A McLaren negou assim, com um comunicado, à especulação surgida depois que seu desenhista-chefe Mike Coughlan entregou uma declaração juramentada à Ferrari. Segundo a imprensa, a declaração poderia implicar outros empregados da McLaren, levantando dúvidas sobre quem sabia e quanto se conhecia sobre os projetos dos carros italianos.

A Ferrari entrou com outra ação legal na Itália contra seu ex-engenheiro Nigel Stepney, que é suspeito de ter vazado 780 páginas de informações técnicas contidas em dois CDs supostamente encontrados na casa de Coughlan. A FIA acusou a McLaren da posse não-autorizada de informações confidenciais da Ferrari entre março e julho.

A novela da espionagem ameaça arruinar as esperanças de título do novato britânico Lewis Hamilton e do bicampeão espanhol Fernando Alonso, já que sua equipe foi intimada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) a comparecer a uma audiência em Paris no dia 26 de julho. "A McLaren pode confirmar, baseada em sua própria investigação, que nenhum material ou informação da Ferrari está ou esteve jamais na posse de qualquer empregado da empresa além do indivíduo processado pela Ferrari", defendeu-se a equipe britânica. "O fato de que ele reteve em sua casa materiais da Ferrari não era de conhecimento de nenhum outro membro da equipe antes de 3 de julho de 2007."

O dia 26 será uma data-chave para o desfecho do caso, com o potencial de colocar em questionamento todos os resultados até do atual campeonato, que começou no dia 18 de março. Se declarada culpada de conduta fraudulenta ou ato prejudicial aos interesses do esporte, a McLaren se verá diante de sanções que vão de uma repreensão à perda de pontos ou exclusão do campeonato.

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