
Istambul Em Montreal, o pedido de silêncio não deu certo. Em Budapeste, a lei da mordaça funcionou. E ontem, em Istambul, a McLaren radicalizou de vez. Transferiu as reuniões que aconteceriam no circuito turco para o hotel em que sua dupla de pilotos está hospedada, no centro da cidade, e os proibiu de aparecer no paddock.
No Canadá, a idéia era não dar continuidade ao mal-estar provocado após o GP de Mônaco, quando Ron Dennis, chefe da McLaren, admitiu abertamente que havia privilegiado Fernando Alonso em detrimento de Lewis Hamilton.
Na Hungria, o "assunto proibido" era o escândalo de espionagem em que a equipe está envolvida. Agora, porém, o motivo é mais grave. A equipe tenta a todo custo evitar que Hamilton e Alonso sejam bombardeados com perguntas sobre o que ocorreu em Budapeste. Há duas semanas, o espanhol bloqueou seu companheiro na classificação, foi punido pela FIA e ainda fez o time ficar sem os pontos que conquistou para o Mundial de Construtores.
Mas a McLaren alega que a razão para ter deixado seus pilotos no hotel, algo raro nas quintas-feiras que antecedem GPs, foi a distância entre o centro de Istambul e o circuito. O trajeto de 40 km no trânsito geralmente caótico costuma durar mais de um hora.
Neste ano, para piorar ainda mais o trajeto, só os motoristas que possuem o cartão para o pedágio com sistema automático de cobrança podem cruzar a principal ponte que liga a parte européia da cidade com a porção asiática (onde fica o autódromo). O problema é que muitos não sabem disso e acabam formando uma fila ainda maior nos pedágios.
Por este motivo, muitos times preferem ficar mais perto do circuito e longe do centro.
Os pilotos da McLaren só apareceram ontem em compromissos com patrocinadores. Alonso, que participou de uma corrida de kart, exibiu visual novo está de barba.
Na TV: treino livre para o GP da Turquia, às 8 h, no SporTV.
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