As desculpas públicas de Tiger Woods nesta sexta-feira (19), transmitidas diretamente para vários países do mundo, foram as mais midiatizadas desde que o ex-presidente Bill Clinton foi obrigado a fazer um mea culpa sobre uma relação com Monica Lewinsky, uma estagiária da Casa Branca, em 1998.
A declaração de pouco mais de 13 minutos do astro do golfe foi amplamente coberta pelos canais de televisão e a imprensa local, que divulgava flashes em suas edições online à medida em que Woods pedia perdão por ter mantido relações extraconjugais - um escândalo que o obrigou a interromper a carreira.
Em Wall Street, a Bolsa paralisou virtualmente por um momento suas transações, para sintonizar a televisão que transmitia a imagem de um Woods arrependido por "seu comportamento egoísta", desculpando-se com a família, amigos e torcedores. Os grandes canais interromperam sua programação normal para a transmissão ao vivo.
A descida ao inferno de Tiger Woods, de 34 anos, que havia construído a carreira com uma imagem impecável, apaixonou os Estados Unidos, onde as desculpas de personagens públicos por desvios de comportamento são comuns. Na sala de imprensa do Departamento do Tesouro, em Washington, 15 jornalistas acompanhavam atentamente em diferentes canais o depoimento do campeão, pontuando com comentários. Até o canal de informação financeira CNBC divulgou integralmente a entrevista.
As desculpas públicas por escândalos sexuais de figuras que vão do ex-governador de Nova York, Eliot Spitzer, até o comediante David Letterman, tornaram-se episódios familiares para a sociedade americana que demonstra grande interesse em acompanhar detalhes destes assuntos privados cada vez que vão para as primeiras páginas dos meios locais de comunicação.
No entanto, até agora, não se havia transmitido o assunto de forma tão ampla, com Woods acompanhado ao vivo por dezenas de sites. Ele revelou em poucos minutos aspectos pessoais que jamais haviam chegado a domínio público em seus 14 anos como golfista profissional.
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