• Carregando...
César Cielo recebe prêmio das mãos da lutadora Natália Falavigna | Wilton Júnior / Agência Estado
César Cielo recebe prêmio das mãos da lutadora Natália Falavigna| Foto: Wilton Júnior / Agência Estado

Eles eram os favoritos. Quase uma barbada. Ainda assim, ficaram nervosos e choraram. Com roupas de gala, no alto do palco, e não do pódio, lembraram-se de tudo que passaram até a consagração nas Olimpíadas de Pequim. Medalhistas de ouro, César Cielo e Maurren Maggi foram eleitos, por voto popular, os mais importantes atletas do país no ano. O nadador e a saltadora foram agraciados, nesta terça-feira, com o Prêmio Brasil Olímpico, em cerimônia realizada no Rio de Janeiro.

"Dez anos depois da outra conquista, ainda fiquei nervosa. Quero parabenizar a Natália Falavigna (taekwondo) e a Ketleyn Quadros (judô)", conta Maurren, vencedora do prêmio em 1999, referindo-se às concorrentes ao prêmio.

No palco, a corredora do salto em distância, que por um centímetro ficará para sempre na memória dos brasileiros, lembrou da filha Sofia. Mesmo ainda desejando a prata, situação que fez a pequena ser adorada por todos, é com "o ouro merecido" que a mamãe encerra a temporada. O nadador César Cielo, que demonstrou ser um gigante nos 50m livre, não conseguiu segurar as lágrimas ao rever a sua prova no telão.

"Foi um ano de muita alegria", diz Cielo.

Pelo menos diante da platéia, José Roberto Guimarães - eleito o melhor técnico de esportes coletivos - conteve o choro. Mas ao deixar o palco, a emoção tomou conta do treinador bicampeão olímpico, que em Pequim conquistou o ouro inédito com a seleção brasileira feminina de vôlei.

"É uma honra. O mais importante é a sensação de missão cumprida. Este ano foi o mais importante da minha vida, queria que 2008 não acabasse mais", comemora Zé Roberto.

Nélio Moura, treinador vencedor no esporte individual, discursou seguro. Porém, uma lacrimejante Maurren admirava seu comandante. Amaury Veríssimo, treinador dos velocistas Terezinha Guilhermina e Lucas Prado, que juntos conquistaram seis medalhas nas Paraolimpíadas, também foram homenageados.

Antes da apresentação das grandes estrelas da noite, muitos momentos marcaram a festa de premiação. Um deles, o desejo de uma personalidade que ecoou no MAM. Ao som da bossa nova, que foi homenageada pelos seus 50 anos de existência, João Havelange tocou o coração de todos quando recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, prêmio concedido a ex-atletas que representem os ideais olímpicos.

"Em 2016, completarei 100 anos. Se o Brasil for sede das Olimpíadas, será um ano de glória. Sem dúvida, um momento maravilhoso como este que vivo aqui hoje".

As homenagens se estenderam a todas as modalidades da programação olímpica. Em cada esporte, um atleta escolhido por um júri especializado foi premiado. No entanto, nem todos puderam agradecer a honraria pessoalmente. A judoca Ketleyn Quadros foi impedida pelo mau tempo de Belo Horizonte de chegar ao Rio de Janeiro. Outra ausência sentida foi a da levantadora Fofão. A medalhista de ouro não pôde comparecer por estar em quadra defendendo o São Caetano.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]