Buenos Aires - Não demorou para a repentina viagem de Diego Maradona à Europa despertar o velho fantasma do consumo de drogas pela atual técnico da seleção argentina. El Diez viajou para Merano, na Itália, a fim de se internar em um spa para perder sete quilos. Nos bastidores, porém, surgiram rumores de que ele teria voltado a usar substâncias tóxicas. A hipótese foi prontamente negada pelo seu médico particular, Alfredo Cahe.

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"Maradona não voltou a usar drogas. Ele saiu disso. Não por ajuda médica. Conseguiu por ele, pela personalidade que tem, pela ajuda da família. Destaco a personalidade de Verônica, porque ficou sempre ao lado de Diego", disse Cahe, citando a namorada do treinador, ao canal C5N.

De acordo com o médico, a internação no spa italiano foi ideia de Verônica para tirar Maradona da pressão da imprensa e perder peso. A decisão já havia sido tomada antes das derrotas para Brasil e Paraguai.

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"Não foi uma coisa improvisada para fugir de reunião e não foi de um dia para o outro. É o começo de uma nova etapa para Diego, que quer melhorar sua imagem", concluiu o doutor.

Os dois tropeços pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, no início do mês, aumentaram a pressão pela demissão do treinador. Na segunda-feira, quando decidiu voar para a Europa, ele deveria ter comparecido a uma reunião em Buenos Aires com o presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), Júlio Grondona.

Enquanto Maradona estiver em tratamente, o comando da seleção argentina estará no comando de Carlos Bilardo, campeão mundial como treinador em 1986 (tendo Dieguito como grande craque) e atual diretor técnico da equipe.

"Queremos que Maradona fique bem. Enquanto ele não estiver aqui, Bilardo e a comissão técnica de seleção estarão no comando", declarou Cherquis Bialo, porta-voz da AFA.

A primeira atribuição de Bilar­­do foi entrar em contato com jogadores da seleção, para tranquilizá-los sobre o rumo da equipe. Atual­­mente em quinto no classificatório continental, o time bicampeão mundial enfrenta o Peru, em Bue­­nos Aires, e o Uruguai, em Monte­­vidéu. Precisa ficar entre os quatro melhores para classificar-se diretamente à Copa. Caso continue em quinto, terá de jogar uma repescagem contra o quarto da Concacaf.

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