Meia vai embora e revolta dirigentes

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O Paraná foi surpreendido ontem. Enquanto encontra dificuldades para contratar reforços e se desdobra para renovar contratos, o clube recebeu a notícia de que o meia Fernando Gabriel não estará no grupo para 2011. Pior. Segundo a diretoria, o acerto do jogador com o Figueirense foi feito mesmo após seu empresário ter se comprometido com o Tricolor.

"Esse cara foi um sacana. As­­sinou com o Figueirense mesmo dei­­xando tudo acertado com a gente. O empresário dele [Luís Costa­­curta] mandou fazermos o contrato e tudo mais, agora nem justificativa deu", disse o assessor de futebol, Paulo César Silva. "Nem atende aos meus telefonemas. Envia­­mos o contrato na semana passada e ele prometeu que o jogador chegava hoje para assinar", reclamou Guto de Mello, diretor de futebol. "Ele [Costacurta] me disse que na­­da valia mais que a palavra dele."

Segundo a imprensa catarinense, o jogador, de 22 anos, assinou contrato de um ano, com possibilidade de renovação por mais três. Para isso, o Furacão do Estreito te­­ria adquirido 60% dos direitos econômicos dele junto ao empresário.

Além da renovação com Fer­­nando Gabriel, o Paraná estudava firmar uma parceria com Cos­­ta­­curta. "Agora nunca mais. Tanto ele quanto o seu funcionário, de nome Alex, estão proibidos de en­­trar na Vila", disparou Mello.

O dirigente disse também que o time não perde muito com a saída do meia. "Era mediano. No mercado poderemos encontrar outros. O [técnico, Roberto] Cavalo mesmo nos disse que se ficasse dentro do que poderíamos pagar, poderíamos renovar o contrato. Mas que se extrapolasse era só deixar ir embora", comentou. Fernando Gabriel atuou nos últimos quatro jogos da Série B e marcou dois gols.

Em entrevista à Rádio Transa­­mé­­rica, o jogador disse que a oferta era irrecusável. "Tenho uma gratidão muito grande pelo Paraná. Mas o Figueirense agora é um time de Primeira Divisão, de maior ex­­pressão nacional. Surgiu essa proposta muito boa para mim e não tive como perder a chance." Tam­­bém defendeu seu empresário. "Ele me disse que nunca tinha da­­do a palavra ao Paraná. Eu sempre disse que queria ficar e ele disse que estava revisando meu contrato. Mas, por vários motivos, não deu certo."