Marcelo Melo realizou neste sábado (15) o sonho de conquistar Wimbledon. O novo número 1 do mundo e o polonês Lukasz Kubot levantaram o troféu das duplas masculinas do mais tradicional torneio de tênis do mundo ao vencerem na final o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic por 3 sets a 2, com parciais de 5/7, 7/5, 7/6 (7/2), 3/6 e 13/11, numa batalha de 4h39min.
Com a conquista, Melo encerrou um jejum de 50 anos sem títulos do Brasil na grama de Londres. Maria Esther Bueno foi a última tenista nacional a vencer Wimbledon, em 1966, justamente na chave de duplas. Desde então, os brasileiros só brilharam nas chaves juvenis.
Trata-se do segundo título de Grand Slam de Melo, que foi campeão de Roland Garros em 2015. Em 2013, chegou à final em Londres, porém ficou com o vice-campeonato. É a segunda conquista também para Kubot, que venceu o Aberto da Austrália de 2014.
Neste sábado, os dois fizeram mais uma grande exibição, como fizeram desde o início do torneio. Kubot brilhou nas devoluções enquanto Melo mostrou força no saque. Foram 17 aces da dupla e 33 bolas vencedoras no total, contra 16 saques perfeitos e 32 bolas vencedoras dos rivais, o que comprova o equilíbrio do duelo.
O sonhado troféu coroa a grande campanha de Melo em Wimbledon. Embalado por vitórias nos torneios preparatórios, o brasileiro e o polonês venceram quatro dos seis jogos em Londres em batalhas de cinco sets. A grande fase, desde o início do ano, garantiu a Melo o retorno ao topo do ranking já ao vencer o duelo na semifinal - foi número 1 pela primeira vez em 2015.
Com seu 27º título da carreira, e o 5º no ano, Melo confirma a aposta de mudar de parceiro no fim do ano passado. Após finalizar a dupla com o croata Ivan Dodig, com quem foi campeão em Paris, o mineiro apostou na regularidade de Kubot, que já era top 10 e campeão no Aberto da Austrália.
A parceria precisou de seis torneios para engrenar. Eles sofreram derrotas em estreias e foram eliminados na segunda rodada do Rio Open, em fevereiro, para decepção da torcida. Melo deu declarações que sugeriam insatisfação com o novo parceiro, o que logo ele desmentiu.
Mas, a partir do Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos, a dupla emplacou uma sequência de três finais, com dois títulos. Decepcionaram em Roland Garros, porém reagiram na grama. Venceram os dois torneios preparatórios que disputaram e chegaram em alto nível em Wimbledon. Na liderança do ranking de duplas desde maio, confirmaram agora a condição de melhores do mundo da atualidade.
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