Boxe
Rosilete faz "luta-treino"
A paranaense Rosilete dos Santos, campeã mundial supermosca pela Associação Internacional de Boxe Feminino (WIBA) e pela Comissão Mundial de Pugilismo (WPC), faz hoje, às 21 h, uma luta de preparação para a defesa de cinturão agendada para 2 de junho, também em São José dos Pinhais. Contra a argentina Carina María Britos, no Ginásio Ney Braga, os títulos unificados da lutadora de 36 anos não estarão em jogo. O duelo, com transmissão da ÓTV, será de peso combinado. Rosilete, que compete na categoria até 52 kg, deve estar cerca de 8 kg mais pesada nesta noite.
A "menina de ouro" do MMA (artes marciais mistas) paranaense ainda tem a voz suave e jeito delicado de uma adolescente. Mas, aos 23 anos, a curitibana Jennifer Maia já desponta como o principal talento estadual desde sua inspiração no esporte, a conterrânea Cris Cyborg considerada a melhor lutadora da atualidade.
Hoje à noite, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, Jennifer, faixa-preta em muay thai pela lendária academia Chute Boxe, a mesma que Cyborg representa, tenta provar que tem também potencial para sonhar alto. E a estreia internacional no evento Cage Warriors é a primeira oportunidade de saltar de patamar.
Caso vença a alemã Sheila Gaff hoje, a paranaense disputará o cinturão até 57 kg do campeonato na Irlanda e, então, poderá atrair o olhar de organizações maiores. Chance única para quem, pela aparência meiga, dificilmente mete medo nas rivais.
"Na maioria das vezes o comentário que escuto é de que tenho cara de nada, que ainda tenho expressão de menina. Todo mundo fala que sou muito tranquila, calma demais", revela, com uma fala realmente pausada, a dona de um cartel de cinco vitórias, um empate e uma derrota em pouco mais de dois anos como profissional.
O perfil da lutadora, no entanto, é uma armadilha para as adversárias. "Todo mundo se engana quando olha para a Jennifer. O ponto forte dela é a técnica, só que ela não aparenta a força que tem. Ainda mais para o peso dela", aponta Edcarlos Monstro", treinador da lutadora há oito anos.
Diferentemente de Cyborg, que se destaca pelos nocautes, a revelação prefere terminar seus combates com imobilizações e chaves, técnicas chamadas de finalizações. Outra característica da curitibana é o condicionamento físico privilegiado, fato que já rendeu vitórias em provas amadoras de corrida de rua.
"Ela não tem estilo tão agressivo, mas é muito guerreira e tem uma resistência absurda. O gás dela simplesmente não acaba, tanto que brincamos na academia que ela tem três pulmões", cita Edcarlos, que compara a dedicação da pupila com a da maior da estrela do MMA feminino. "Vejo ela [Cris Cyborg] lutando lá [Estados Unidos] e me espelho para um dia ser igual", vaticina Jennifer.
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