Corinthians encontra dificuldade para firmar patrocínios, mesmo com a contratação do Fenômeno| Foto: Maurício Lima / AFP

A contratação de Ronaldo pelo Corinthians na última semana expôs o clube internacionalmente, provocou uma corrida às compras pela camisa 9, mas ainda não ajudou a vender os patrocínios da camisa manga e calção, principais fontes de receita para arcar com o alto salário do jogador.

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Uma das justificativas do departamento de marketing é a crise financeira mundial, que estaria dificultando as negociações. Pelo patrocínio principal a diretoria diz não conversar por menos de R$ 20 milhões anuais, mas sonha mesmo com algo entre R$ 25 e R$ 30 milhões.

A Medial Saúde, cujo contrato se encerra no fim de ano, pagou R$ 16,5 milhões neste ano. No orçamento previsto para 2009, divulgado nesta semana pelo departamento financeiro, a expectativa para a próxima temporada é de conseguir pelo menos R$ 20 milhões pelo patrocínio principal, já considerado o "efeito Ronaldo".

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As negociações nos espaços da manga e do calção também não engrenam. Quem cuida da venda desses espaços é o próprio empresário de Ronaldo, Fabiano Farah. "Estamos negociando. O mais importante é estudar as alianças estratégicas entre as empresas e as marcas Ronaldo e Corinthians." O grosso do rendimento de Ronaldo virá do patrocínio das mangas e do calção. Com isso, o Fenômeno poderá receber aproximadamente R$ 10 milhões para jogar na equipe em 2009.

Especialista em marketing e gestão de clubes da Casual Auditores Amir Somoggi discorda das versões do clube e do empresário do jogador. Para ele, essa demora nas negociações pode ser explicada por outros fatores. Um deles seria a incerteza quanto ao futuro do jogador. "Ninguém sabe ao certo quando o Ronaldo vai voltar a jogar, se ele conseguirá voltar a jogar em alto nível e quanto tempo ele ficará no Corinthians.

Pouco antes de acertar com o Corinthians, Ronaldo deu declarações de que poderia se aposentar em 2009. Depois de ser anunciado como jogador do clube, disse que só estaria 100% no Campeonato Brasileiro. O empresário de Ronaldo discorda dessa tese. "Não tem nada a ver", rebate Farah.

Somoggi tem outra explicação para o pequeno interesse até o momento pela camisa do Corinthians mesmo com Ronaldo. "Fazer da camisa do clube um outdoor, com duas, três marcas, é uma temeridade. Fica poluído e tem baixa visibilidade. A diretoria deveria procurar outras estratégias de marketing.

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