Ronaldo está fora de forma? Sim. Ronaldo jogou bem? Não. Mas ele continua com a estrela que parece o acompanhar desde os primeiros passos no futebol. Na noite desta quarta-feira, no estádio do Pacaembu, na estreia do Corinthians na Taça Libertadores da América, o Fenômeno teve atuação apagada, porém, mesmo assim, participou dos dois gols da vitória por 2 a 1, de virada, sobre os uruguaios do Racing.
Como estava fora desde o dia 27 de janeiro, por conta de uma lesão muscular na coxa direita, era de se esperar que o camisa 9 tivesse dificuldades na partida. No entanto, pela qualidade que tem, a Fiel esperava mais. Está certo que iniciar as jogadas dos dois gols do Timão ajudaram a deixar de lado sua má atuação. Até porque o personagem da partida foi outro: o volante Elias.
Foram dele os dois gols do triunfo alvinegro nesta noite. Ambos aparecendo de surpresa na grande área, como fazia muito na Série B de 2008 e no primeiro semestre do ano passado. Não à toa, o seu nome foi gritado em coro ainda com a bola rolando. Não só pelos gols, mas principalmente pelo espírito aguerrido que mostrou no jogo.
Ronaldo não gostou do primeiro lance que viu. Logo no primeiro minuto de jogo, após cobrança de falta de Brasesco, a bola passou por toda a zaga corintiana e sobrou para Cauteruccio, sem marcação, rolar para o fundo do gol. 1 a 0 para o Racing. Em meio a uma bateria de fogos promovida pela diretoria, Fiel canta para o Timão não desanimar.
Com a experiência que tanto Mano Menezes exalta, o Corinthians soube encarar o susto que levou logo de cara. E apoiado no Fenômeno, buscou a reação. Mesmo que fora de forma, o camisa 9 deixou a área e passou a ajudar na armação. E foi dos pés dele que saiu o toque para Tcheco, de letra, colocar Elias na boca do gol: 1 a 1.
O normal seria o Timão partir em busca da virada, mas a equipe não conseguiu manter o ritmo de toque de bola e, com um Ronaldo apagado, sentiu dificuldade para controlar a partida. Quem ganhava destaque, então, era Tcheco. O meia, homem de confiança do treinador, coordenou as principais ações da armação no primeiro tempo.
Enquanto isso, o Fenômeno era o retrato do restante do time: apagado. Para piorar o isolamento do craque no ataque, os corintianos tinham dificuldade para lidar com a catimba uruguaia. Apesar de essa ser a primeira Libertadores do Racing, o clube de Montevidéu mostrou que essa característica independe da experiência no torneio.
E Ronaldo sofreu com isso. Sem mobilidade, o atacante foi presa fácil. Só que craque sempre pode fazer a diferença. E foram dele as duas jogadas mais perigosas do final da etapa. Aos 45, após vacilo da zaga rival, ele dominou e chutou colocado. Contreras fez grande defesa. Aos 46, da meia lua, ele tentou. Mas o arremate foi fraco.
Outro único lance salva o segundo tempo de Ronaldo
Sai Defederico, entra Souza. Para a segunda etapa, Mano Menezes decidiu mudar a dupla de Ronaldo. Assim, o Corinthians ficou com dois jogadores de referência na grande área. E foi lá que o Fenômeno levou cartão amarelo aos 9 minutos. Enquanto Alessandro se preparava para bater falta cruzada, o craque fez falta em Pallas.
O lance apenas comprovou a impaciência do elenco corintiano. Sem conseguir envolver o Racing, o Timão ficava cada vez mais ansioso pelo gol da virada. E mais nervoso a cada tentativa frustrada. Só que o time uruguaio vacilou aos 11 minutos. Flores fez falta dura em Elias no meio e, como já tinha amarelo, levou outro e foi expulso.
Mas em vez de aproveitar isso, o Timão se mostrou mais nervoso ainda. No lance seguinte, Roberto Carlos pegou forte um adversário e levou amarelo. Os jogadores do Racing foram para cima dele, mas nada de mais sério aconteceu. Aos 15, enfim, Ronaldo voltou a aparecer. Mas ao tentar cabecear, errou e deu com o ombro.
O Fenômeno não estava com a mesma tranquilidade de sempre. Além de errar a cabeçada, aos 18 ele não conseguiu completar para o gol bom cruzamento de Roberto Carlos. A bola explodiu em seus joelhos. Apesar da noite ruim, o camisa 9 resolveu sair da área para tentar armar. Aos 20, rolou de calcanhar para Roberto Carlos. O lateral chutou e ganhou escanteio, que não resultou em nada.
Mesmo em noite pouco inspirada, Ronaldo conseguiu participar da virada alvinegra. Aos 25 minutos, o Fenômeno tocou para Souza, que rolou para Elias marcar o seu segundo na partida e o segundo do Timão. Era a empolgação que o camisa 9 precisava para ressurgir na partida. Aos 27, ele fez fila e só foi parado com falta dura.
A empolgação, no entanto, parou por aí. Até o final da partida, o atacante alvinegro apenas administrou seu tempo e se poupou de mais desgaste.
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