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Seis rodadas, seis vitórias e uma mudança radical de horizontes. No período, o Paraná saiu da 18.ª colocação, da incômoda zona do rebaixamento, para ser a 4.ª melhor equipe da competição. O desempenho recente fez Caio Júnior autorizar o torcedor paranista a sonhar. Mas com restrições.

"Sonhar não é proibido. Sonhar com a Libertadores nós podemos. Já o título é outra coisa. É muito cedo e não devemos colocar a carroça na frente dos bois. Vamos jogo a jogo", afirmou o treinador, que chegou sob as suspeitas do torcedor e hoje é considerado um dos principais responsáveis pelo desempenho surpreendente da equipe.

No sábado, após uma nova vitória no Brasileiro – 1 a 0 contra o Cruzeiro, no Pinheirão – nem Caio se conteve. Jogou a camisa para o torcedor ao fim da partida, emocionado, como se fosse um dos 11 jogadores da equipe. "Me lembrei daquele tempo (quando jogava). Eu vivi tudo isso. São emoções muito diferentes", disse.

Antes, era Caio quem recebia instruções. Hoje, é ele quem as dá. A responsabilidade, garante, é maior. Mas a experiência como boleiro ajuda na hora de encarnar o personagem de treinador.

"Sei como é bom quando o técnico se preocupa com o jogador. E eu, por característica, me preocupo com o ser humano. Claro, na hora do jogo, eles viram peças, como num jogo de xadrez", revela.

Não são apenas palavras. O comandante paranista leva à risca a afirmação. Para cada partida, passa dois dias a fio analisando o adversário, estudando a melhor forma de neutralizá-lo para depois dar o xeque-mate. Normalmente, isso ocorre nos dois primeiros dias da semana, com uma análise apurada dos jogos do adversário. Depois, Caio coloca a estratégia escolhida em prática nos treinamentos do decorrer da semana. Por isso, ele alerta o torcedor para não esperar sempre um futebol bonito do Tricolor.

"Raça é o principal. O Felipão mesmo falou na Copa que quem estava jogando bonito já havia saído. Não que eu não queira que o time jogue bonito. Mas o importante é fazer a leitura certa do jogo."

A próxima partida do Paraná será contra o Palmeiras, sábado, no Parque Antarctica. Para o jogo, o Tricolor não contará com o atacante Cristiano, que recebeu o terceiro cartão amarelo contra a Raposa, mas terá os retornos de Pierre e Leonardo.

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