| Foto: Antonio Lacerda/EFE

O impacto da passagem da Copa das Confederações – ou da Copa do Mundo de 2014 – por Salvador é mínimo perto do que a cidade turística está acostumada a viver no carnaval, por exemplo. O público que viu o Brasil vencer a Itália por 4 a 2 foi de 48.874, enquanto na festança de fevereiro mais de 500 mil turistas engordam a população local.

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Dentro do estádio, a elitização fica clara. É como no Carnaval: só quem tem dinheiro compra seu abadá (camiseta que dá ingresso aos blocos). O resto fica observando de fora. Na festança de fevereiro, porém, é possível se divertir à margem da avenida, vendo as atrações musicais passarem. É a chamada turma da "pipoca". Nos jogos, não. Apenas com o caro ingresso em mãos se entra na folia.

Com os projetos de mobilidade urbana totalmente atrasados, a cidade também não mudou muito por causa dos eventos da Fifa. Em relação ao Carnaval, troca-se apenas as ruas bloqueadas para a passagem dos trios elétricos na orla e no centro pelas fechadas no entorno da Fonte Nova.

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A promessa é de que obras de mobilidade urbana saiam enfim do papel a partir do segundo semestre, o que traz uma preocupação grande aos moradores da cidade: caos no trânsito. O metrô, que já virou piada após 14 anos de atraso, deve ter apenas um curto trecho próximo ao estádio pronto até o Mundial. Não à toa, cantos de manifestantes e cartazes nos protestos contra a Copa fazem uma comparação interessante sobre a demora nas obras: "Metrô, 14 anos! Fonte Nova, dois anos!"