ATLETIBA: Clique aqui e saiba tudo sobre o maior clássico do Paraná
Na segunda-feira (19), a Gazeta do Povoconvidou seus leitores a enviarem por e-mail suas histórias inesquecíveis de Atletibas realizados no estádio Couto Pereira. Como a praça esportiva Coxa reuniu a maioria dos confrontos na história dos dois times, os relatos servem como uma espécie de homenagem ao local e ao clássico em si.
Da noite de segunda até as 17h desta quarta (21), 44 e-mails chegaram com histórias, em sua maioria, emocionantes. Grandes jogos, belos gols e ídolos inesquecíveis de ambas as equipes.
Ainda dá tempo de participar. Você pode enviar seu e-mail para arquibancada@gazetadopovo.com.br até as 18h desta quinta-feira. A equipe de jornalistas da Gazeta irá escolher o melhor relato de um atleticano e de um coxa-branca para publicá-los na edição de domingo do jornal.
Todas as demais histórias estão sendo publicadas no site. Você pode conferir a primeira parte aqui (de segunda até as 13h de terça) e a segunda parte aqui (das 13h até as 21h, também de terça-feira).
A seguir, as mensagens que chegaram das 21h de terça até as 17h desta quarta. Confira:
"Meu Atletiba enesquecível foi sem sombra de dúvidas o de fevereiro de 2001, pelo Campeonato Paranaense daquele ano. Quando o Coxa fez 2 x 0 no Atlético Paranaense com gols de Marquinhos Cambalhota e Da Silva.
Num jogo truncado, com cinco expulsões (três do Coritiba e dois do Atlético), o Coxa jogou muito numa tarde inspirada de todos os jogadores em campo. Só pra variar a torcida Alviverde (com aproximadamente 33 mil pessoas no Couto Pereira )deu show e fez a sua parte".
Tony Henryke, Itajaí-SC.
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"Vi muitos gols. Gols a favor e gols contra. Os mais lembrados, é claro, são aqueles que tiveram um significado especial para mim. Gols de canela são, certas vezes, mais marcantes que golaços de bicicleta. O que valeu foi o contexto em que eles se encontravam. Quem pode dizer que aquele gol do Oséas, no Atletiba do Brasileiro de 96, foi bonito? Foi emocionante. E, certamente, valeu mais...
Ah, gols em Atletibas... Estes merecem um destaque especial, não é? Um deles eu especialmente lembro. Aquele do Dirceu, no inesquecível jogo da Quarta-Feira à noite, no Couto Pereira, em 1990. Eram as finais do Paranaense. Primeiro duelo.
Dirceu não era titular. Era um negro forte, alto. 'Um armário de portas abertas!' - dizia naquela época o saudoso Lombardi Júnior. Não era nenhum craque. Mas, centroavante esforçado, conseguia fazer seus gols. Lembrava um pouco o matador Joel, que cismava em deixar sua marca em Atletibas. Dirceu também era assim. Naquele campeonato de 90, já havia balançado as redes dos coxas algumas vezes. Em outros jogos parecia não ter o mesmo ímpeto, o que lhe rendeu a posição de suplência.
Naquela noite, tudo parecia dar errado para o rubro-negro. Não acertávamos um passe. Marolla, nosso goleiro, salvava o time de um resultado ainda pior. Estava 1 x 0 para o time da casa. Eles também tinham um carrasco de clássicos. Chamava-se Ronaldo. Em Atletibas era um perigo. Ponta rápido, enfiou-se por entre os zagueiros do Atlético e cutucou a bola na saída do nosso 'guapo'. Ronaldo era um terror para a torcida do Furacão. Lembrava Lela e, depois, teria renascido em Brandão.
Mas nem tudo foi alegria para eles. Sempre, em times campeões, podemos destacar grandes valores. No elenco tínhamos craques como André (o Andrezinho), Kita, Heraldo, Valdir (Seleção Brasileira), o 'véio' Assis, Paulo Rink, Serginho, o raçudo Fião, além de Gilberto Costa e o magnífico Carlinhos Sabiá. Mas, neste campeonato, nem todos esses juntos deram tanta alegria para a massa rubro-negra quanto Dirceu.
Vinte minutos do segundo tempo já haviam passado. O 1 x 0 persistia, por sorte. Os coxas, como de costume, cantavam sua previsível vitória. E, para nossa surpresa, cantavam alto. A torcida atleticana, nervosa, não sabia se incentivava ou reclamava. Todos clamavam por Dirceu. Ele estava no banco e o bom treinador Zé Duarte (o Chacrinha) nem cogitava em colocá-lo. Um burburinho surge nas arquibancadas. Um pequeno grupo, no qual eu me incluía, começa a fazer um coro por Dirceu. "Dirceu! Dirceu! Dirceu!" - saía fraquinho... É claro que a torcida concordava. O grito foi aumentando de volume. Aumentando... Tanto que, pouco depois, toda a torcida atleticana gritava: "DIRCEU! DIRCEU! DIRCEU!". Ao batuque das organizadas, a fria noite aqueceu-se, na esperança de que algo mudasse. Movimenta-se o banco atleticano. Lá estava ele, sob as apreensivas vistas dos rubro-negros. Dirceu conversava com Zé Duarte. Muito grande para aquela cobertura dos bancos, saiu. A torcida vibrou! Vibrou como se comemorasse um gol, aquele que teimava em não sair. A torcida coxa calou-se! Era como se vissem um fantasma! Dirceu fazia seu aquecimento à beira do gramado. Dava piques que cavocavam a grama na lateral do campo. Torcíamos para que o calor da torcida contagiasse Dirceu, para que tão logo ele adentrasse o gramado. Mesmo assim era bonito ver seu exercício. Alongamentos. Sequências. Tudo muito rápido. Volta ao banco, agachado, para as últimas instruções. Zé Duarte deve ter dito: 'Vá lá, meu jovem, e dê a esta torcida o que ela merece!'. Foi. Ainda fora, ao lado do juiz reserva e sua placa indicando a substituição, Dirceu dava saltos enormes, simulando cabeçadas numa bola imaginária. Parece que isto enervava a torcida adversária. Daqueles saltos nasceram muitos dos seus gols de cabeça naquele campeonato. Entra Dirceu. Trinta minutos do segundo tempo. Falta pouco para acabar. O povo rubro-negro inflama-se de vez. Só havia uma torcida no estádio. O Atlético cresce. O Coritiba se retrai. Carlinhos domina pelo meio, vê Dirceu esticando-se pela ponta-direita - em frente às cadeiras - e lança. A galera levanta. Dirceu alcança a bola... e cai com ela pela linha de fundo. Alegria verde... Apreensão vermelha... Será que Dirceu não vai fazer nada? Os Coxas arrumam um motivo para cantar, afinal. O jogo estava perto de seu final. Cantam os coxas... Cantam os atelticanos... E o estádio ferve! Quarenta minutos. Pressão atleticana. Confusão na área Coxa. Chute pra cá, chute pra lá, a bola não sai e Tito Rodrigues (o árbitro da partida) apita e corre para a marca do pênalti. A torcida rubro-negra não se aguenta. A vibração faz tremer o estádio. Abraços, pulos de alegria... Os Coxas, silentes. Dentro do campo, confusão. Tito dirige-se lentamente até a grande área, pega a bola e,... incontinente, aponta na direção do campo do Atlético! O quê? Não foi pênalti?? O que foi que ele deu?? Deve ter sido 'perigo de gol'! Os coxas cobram rápido... Vibração na torcida adversária. O jogo passa... Os coxas cantam: 'Tá chegando a hora...' e a torcida rubro-negra responde: 'A-tlé-tico! A-tlé-tico!' Uma falta no meio-campo. Gilberto Costa põe a bola no chão e faz sinal para todos se enfiarem na área verde e branca. Dirceu está lá. Chuveirinho... Meio torta, a bola vai para o flanco da grande área. Bola alta... Gérson, o goleiro dos Coxas, sai da meta e dá um soco nela, que vai parar nas arquibancadas. Nova vibração Coxa, quando Tito Rodrigues marcava uma falta. Desta vez para o Atlético! Naquele soco, Gérson havia tocado na bola já fora da grande área. A torcida rubro-negra enche os pulmões. Última chance! Os narradores chamam de escanteio de mangas curtas. Estranhamente o estádio todo se cala. Muita apreensão. Dirceu, na área, movimenta-se como nunca alguém vira. Eram três coxas na sua marcação individual. Dirceu ficava ziguezagueando por entre eles. Carlinhos e Gilberto Costa para a cobrança. Gilberto poderia tentar o tiro direto. Ele era bom nisso. Eram 46 minutos do Segundo Tempo e a B-2 anunciava em sua vinheta : "Tem, tem, tem, tem, tem, tem, tem, tem, tem que ser agora! Tem que ser agora, nêga, tem que ser agora..." Gilberto Costa cobra. No primeiro pau. Dirceu, mais que todos, sobe às alturas e cabeceia, forte, para o fundo das redes.
'"A-tlé-ticooo!' Indescritível... Por mais palavras que escrevesse, jamais poderia trazer para este texto a emoção que tomou conta de quem estava presente. Dirceu faz o gol e passa em frente à torcida Coxa, do retão, balançando seus braços como um doido. Atravessa o campo e vai comemorar na torcida rubro-negra: 1 x 1. Brilhante. O Coritiba dá a saída de bola e o jogo acaba. Mantínhamos a vantagem de jogar o último jogo pelo empate. Este também, um emocionante 2x2. O jogo do Berg, zagueiro coxa, que fez o gol contra que nos trouxe o título. Mas esta é outra história".
Mauricio Simões.
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"Em 16 de Abril de 1995 era comemorado um belo domingo de Páscoa. Lembro bem desta data. Afinal como poderia esquecer uma goleada histórica!? E apesar do Coxa estar mal no cenário nacional a torcida enchia as arquibancadas como se fosse final de campeonato. E era! Pois Atletiba sempre foi e sempre será uma competição diferenciada. Naquela epóca a torcida adversária era quem ficava na curva de entrada do Couto Pereira, enquanto a torcida alviverde se aglomerava no estádio inteiro. Eu tinha apenas 13 anos naquela data, porém, meu amor ao Coxa vinha de berço! E minha fascinação por jogos e torcidas era algo que me motivada a frequentar estádios de futebol. Comecei a ir no Couto muito antes, porém, em 95 solidifiquei minha participação como torcedor fiel nos jogos do glorioso no alto da glória. Não estava nem aí para brigas, colocava minha velha camisa da Império e, junto com meu irmão e alguns amigos, pegávamos o ônibus, Santa Cândida/Capão Raso, sem medo de cruzar a torcida adversária e íamos até o Couto para vibrar. Naquele clássico a Império mostrou que era uma grande torcida. Uma linda festa na entrada do Coxa em campo que para muitos poderia ser até lembrada como "Green Hell", nome dado a linda festa com luzes verdes feita pela torcida coxa-branca na atualidade. Papéis picados e rolos de papel higiênico também foram usados na festa. Após a linda entrada do Coxa em campo veio o massacre em campo. Determinado a vencer o Verdão não deu chances para o Atlético. Logo no começo da partida Marcos Teixeira cruzou e o matador Brandão, mesmo desajeitado, tocou para o fundo das redes. Destaque para a comemoração do gol, Brandão e seus companheiros saíram imitando coelhinhos da Páscoa. E como clássico é um joga a parte a concentração total fez a diferença. Em uma bobeira da zaga rubro-negra Ademir Alcântara, categórico meia, rolou para Brandão fazer mais um. Explosão verde nas arquibancadas do Couto. O Atlético estava acolhido. A maioria verde e branca fazia uma barulho ensurdecedor de alegria. E ainda no primeiro tempo a alegria aumentou. Alex, grande craque, roubou a bola e rolou para Jetson guardar o terceiro gol coritibano.Na segunda etapa de partida bem que o Atlético tentou e acabou descontando com um gol de cabeça do zagueiro Pádua. Mas nada que pudesse assustar pois logo depois o Coxa faria o quarto gol. Falta de longe para o Coxa. Gralak cobrou forte, uma bomba, o goleiro atleticano não conseguiu segurar e a bola acabou nos pés de Ademir. O meia rolou para Marquinhos que chutou cruzado e encontrou mais uma vez Brandão na área. O artilheiro fingiu que ia chutar cortou um zagueiro e só empurrou de esquerda para as redes matando de vez qualquer reação. A partir daí o jogo ficou morno. Mesmo assim deu tempo para mais um. Ademir lançou para Alex que tentou chegar na bola e atrapalhou o zagueiro rubro-negro. E o defensor China jogou contra o patrimônio fazendo o quinto gol Coxa na partida e fechando de vez o caixão do atlético. Esse jogo é sem dúvida um dos mais lembrados entre as torcidas. Jogo que ficou marcado na minha memória. Arquibancadas lotadas, goleada e muita festa! Para a torcida Coxa, o 5 x 1 ficou conhecido como o chocolate verde e branco de Páscoa".
Gustavo Straube.
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"Meu atletiba inesquecível no Couto Pereira foi em 1990, nas finais do Paranaense daquele ano. Eu tinha 10 anos de idade e emoção maior que aquela dentro de um campo de futebol foi só quando assisti final do Brasileiro de 2001.
A emoção começou na 1ª partida em uma quarta feira a noite eu acho. O mando era do Atlético e nós estavamos perdendo por 1 x 0 para os Coxas, quando aos 40 minutos do 2°tempo entra em campo Dirceu. Era um escanteio para nós e ele correu para a área e empatou o jogo. Continuamos com a vantagem de dois empates. Como demorou para chegar o domingo da grande final. Fomos para o estádio dos Coxas. Agora era mando deles e lembro que nesse jogo foi que começou a música famosa ('atirei...') que os atleticanos cantam até hoje.
Nós éramos em menor número, mas cantávamos mais alto que os Coxas. Começa o jogo e o Furacão faz 1 x 0 com Dirceu, aos 5 minutos de jogo. Mas aos 8 minutos os coxas empatam com Pachequinho e no fim do 1º tempo eles viraram o jogo em um frango de Marola. O zagueiro Berg fez o gol dos Coxas. Ali pensei: 'E agora?'. Começa o 2º tempo e o jogo está muito equilibrado. Só um milagre nos daria aquele título e não é que o milagre aconteceu e veio ainda de nosso maior rival o zagueiro Berg, aquele que tinha feito o 2º gol dos coxas, foi recuar para o goleiro e fez o maior golaço do Couto Pereira.
Eu não acreditei e ai a nossa torcida que já cantava mais alto que a dos Coxas não parou mais de cantar, ainda mais com um maestro fora de campo. O jogador Riza comandando a festa atleticana. Os coxas, depois do gol contra, não jogaram mais e quase fizemos o 3º gol. Aí só foi esperar o apito final e comemorar o título encima dos Coxas em nosso maior salão de festa.
Depois, saindo do estádio, eu com 10 anos, meu irmão com 8 e meu pai fomos surprendidos por alguns integrantes da torcida adversária e só não aconteceu nada pior porque um coxa-branca que morava nos arredores do estádio nos levou para dentro da casa dele.
Escrevi isto para deixar uma menssagem para as duas torcidas: o jogo é resolvido dentro de campo e cabe a nós torcedores fazermos a festa e não brigar. Lembro que fomos comemorar e naquela semana, toda vez que meu pai ia em uma lanchonete de Coxa ele pedia: 'Me vê um "Umdeberg" por favor!".
Paulo Alessandro Stefanes.
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"Posso afirmar com toda certeza que o Atletiba inesquecivel para todos da minha geração foi o de 1968, quando Paulo Roberto Vecchio, fez o gol do Titulo aos 45,15" do final".
Paulo Roberto Marques.
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"Meu Atletiba inesquecível, na verdade foram três. Os da decisão do campeonato de 1978, quando mais de 150 mil pessoas estiveram nos confrontos que terminaram todos empatados em zero, levando a decisão para as penalidades máximas, que culminaram com a vitória do meu Verdão.
O goleiro Manga defendeu alguns pênaltis, não me recordo quantos, e saindo carregado nos braços da torcida. Tenho saudade dessa época aonde torcedores anônimos coloriam as arquibancadas com suas bandeiras, não havia confronto entre torcidas, nem quebradeiras do patrimônio público, bons tempos, que infelizmente não voltam mais".
Rogério Rodrigues.
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"Como esquecer aquela tarde ensolarada de 11/02/2001? Eu tinha 12 anos na época. Meu pai, coxa-branca assíduo, sempre presente no Couto Pereira, me levava a todos jogos me ensinando a amar as cores verde e branca. Mas aquela tarde foi especial. Lembro do trajeto fizemos de moto até chegar ao estádio, do engarrafamento, dos carros buzinando do nosso lado eufóricos para o jogo.
Não sei por que, mas meu pai deixava pra comprar o ingresso no dia do jogo, pra ser mais preciso instantes antes da partida. Porém naquele dia não havia mais ingressos. Não sei se ele comprou de alguém, mas o dele ele garantiu. Lembro que entramos na fila e ao chegar na catraca do estádio ele me abaixou e me fez passar despercebido sob a roleta. Ufa... estávamos dentro do Couto. Ficamos na reta superior da Mauá apoiados no alambrado pra não perder nenhum lance.
Recordo-me que o Atlético teve um jogador expulso logo no 1° tempo o que aumentava ainda mais nossa confiança de sair vitorioso. As emoções mesmo foram no 2° tempo, foi bem a nossa frente. Um cruzamento da direita, o Da Silva se antecipando a zaga e escorando de cabeça pro fundo das redes. O estádio ecoava em alegria. O ápice do jogo estaria por vir e acho que foi esse momento que fez com que o Atletiba fosse inesquecível pra mim. De repente o cruzamento, o grito, o desvio de pé direito e por fim a "cambalhota". Isso mesmo, Marquinhos Cambalhota fazia o gol e comemorava dando uma cambalhota e pedindo silêncio ao goleiro Flávio que disse que ele só fazia gol em time pequeno.
A torcida explodiu de novo, naquele momento me recordo de parar de gritar a ficar apenas observando aquela festa nas arquibancadas, festa essa que agora faço parte constantemente batendo no peito e gritando com orgulho de ser coxa-branca."
Everton Reis Marques Miguel, 21 Anos, auxiliar administrativo.
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"Como torcedor do Atlético, posso afirmar que muitos foram os Atletibas que ficaram registrados na minha memória. Poderia começar pelo clássico realizado em 1990 (eu estava lá, de fraldas e no colo do meu pai, pois tinha apenas 2 anos de idade), quando ganhamos o campeonato estadual graças ao gol contra do zagueiro Alviverde Berg. Ou mesmo citar os 4 x 1 feitos pelo Atlético no torneio seletivo para a Libertadores em 1999. No entanto, sem dúvidas, o maior Atletiba que já presenciei ocorreu no dia 29 de agosto de 2004.
Naquela época (como não poderia ser diferente, e não é até o dia de hoje), não perdíamos um jogo sequer. Fosse em casa ou fora do estado, estávamos marcando presença na torcida do Furacão. Eis que durante o returno do certame nacional daquele ano, o combate entre Coritiba e Atlético ficou gravado como um marco pela arrancada do Atlético rumo ao então bi-campeonato brasileiro (que infelizmente não ocorreu), e - como torcedor rival não posso deixar de tirar uma "casquinha" - o conseqüente descenso Alviverde.
Presentes nesse jogo eu, meu pai e meus irmãos. Devo lembrar que nesta partida o Coxa ganhava do Furacão por 1x0 até mais da metade do segundo tempo, com gol do Alemão. Mesmo assim nossa torcida não perdeu as esperanças, até que veio a virada com os gols de Fernandinho e Washington.
Mas o que mais me deixa emocionado neste jogo foi ver meu pai, que desde 1968 é torcedor do Atlético, cantando junto com a torcida, após a virada rubro-negra. Nunca tinha presenciado esta pessoa vibrando como daquela vez, nem quando fomos vencedores do Brasileirão de 2001. Acho que foi a primeira vez que vi meu pai chorar por causa do Furacão.
Eu também estive emocionado, afinal de contas, Atletiba é Atletiba, ninguém gosta de perder e amamos vencer nosso rival. Porém, as emoções sentidas naquele jogo certamente ficarão eternamente na minha lembrança".
Eduardo Francisco Mandu Kuiaski, 21 anos.
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"14/03/71. Estádio Couto Pereira. Domingo de sol, estádio lotado até o ultimo lugar. Um Atletiba que jamais eu sonhava que iria ver. Um verdadeiro espetáculo. Eu trabalhava em um restaurante no Centro, inclusive aos domingos, só que nesse dia eu pedi folga na parte da tarde, e fui atendido. Lá fomos nós eu e mais dois amigos. O Coxa começou ganhando, dando showw.
Mas eis que de repente, como em um passe de mágica, o Atlético virou o jogo para 3 x 4 e ficamos pasmos, não acreditando no que estavamos assistindo. Acabou o jogo com a vitória do Atlético e aconteceu algo que ficou para sempre na minha memória.
De repente começaram a aplaudir as equipes e inclusive eu aplaudi de pé a atuaçáo dos dois times. Foi fantástico. Saímos de lá e fomos tomar cerveja para comemorar mesmo na derrota e brindar o grande espetáculo de futebol que tínhamos acabado de ver. Para mim, foi o Atletiba mais marcante e inesquecivel do futebol Paranaense".
Pedro Girardi.
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"1 de maio de 1990. Tinha 13 anos na época. Uma chuva infernal. Coxa 3 x 0, se não me engano com gols de Serginho e Tostão. Foi realmente inesquecível. 52 mil pessoas no Couto Pereira pra ver aquela máquina de Oswaldo, Serginho e Tostão. Taí a lembrança. Obrigado pela atenção".
Paulo Vinicius Baggio.
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"Dia 17 de outubro de 1999, há pouco mais de 10 anos atrás. Na época eu contava com apenas 11 anos de idade e, como era de costume, acompanhava meu pai em mais um jogo do Glorioso Verdão. Este, porém, não era um jogo qualquer: era um AtleTiba. A cidade toda naquele clima diferente, típico de um grande jogo, onde não existem favoritos ou palpites certeiros, onde existe apenas a certeza de que os 11 guerreiros coxas que entrariam em campo não desistiriam da luta mesmo que ela parecesse perdida.
E foi exatamente o que aconteceu! Aquele jogo, válido pelo Campeonato Brasileiro de 99, ficou famoso por um episódio curioso, pois à torcida atleticana fora destinado a geral da curva dos fundos do Alto da Glória, em retribuição ao tratamento que costumeiramente era dado aos coxas na Baixada.
Enfim, voltando ao jogo em si, ele se arrasta sem muitas emoções até os 30 minutos do segundo tempo, quando Kelly abre o placar para o Atlético. Durante a comemoração várias provocações à torcida Alviverde. Porém, em poucos minutos a alegria pintou-se de verde e branco: três minutos depois, após cobrança de escanteio, o zagueiro Leonardo desvia de cabeça e empata o jogo. Festa no Couto Pereira! Mas o melhor ainda estava por vir, e não demorou muito.
Apenas um minuto após o empate, uma tabela rápida acontece e o meia João Santos deixa o atacante Basílio na cara do gol e ele tem a tranquilidade e a classe de apenas encobrir o goleiro Flávio. O Alto da Glória tremia e a massa coxa-branca vibrava sem parar! A emoção que contagiava os torcedores do alviverde explodiu aos gritos de "AL AL AL, Silêncio na geral!", e assim foi até o final do jogo: festa alviverde e silêncio rubro-negro. Sem dúvida um dos mais inesquecíveis e emocionantes Atletibas de toda a história!".
Douglas Ciriaco.
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"No dia 14 de abril de 1995, saí de Curitiba rumo à União da Vitória (minha cidade natal), passar o feriado da páscoa na casa da minha avó. Na época, já era sócio do Coritiba há dois anos (me associei ao clube em 1993 junto com meu pai) e não perdia um jogo do Verdão no Couto. Por isso, quando vi a tabela do Paranaense daquele ano marcando Atletiba para o domingo de páscoa, pensei em adiar a viagem. Como só tinha 15 anos e ainda não era dono do meu nariz, tive que viajar.
Chegando na casa da minha avó, fiquei insistindo para voltar domingo de manhã só para ver o Atletiba. De tanto insistir, acabei conseguindo. Saí de União da Vitória às 10h e cheguei em Curitiba às 14h. O jogo era às 16h. Almocei e parti para o Couto. Chegando lá, a tradicional festa das duas torcidas. Estava confiante na vitória. Nosso time caminhava bem, principalmente graças à nova administração do triunvirato Malucelli, Mauad e Prosdócimo. Em campo, tínhamos um meio-campo bastante criativo, onde se destacava o craque Alex, recém-saído das categorias de base e que começava a despontar nos gramados, além do "maestro" Ademir Alcântara. Na defesa, a categoria de Gralak se completava com a raça de Zambiasi e Jorjão. Na lateral, Marcos Teixeira mais parecia um ponta direita, pois apoiava o ataque muito bem. Na frente, tínhamos o "matador" Brandão. E foi justamente ele, Brandão, o nome do jogo.
Teixeira e Alcântara desmontaram o lado esquerdo da defesa rubro-negra, com jogadas rápidas e precisas. Em dez minutos, o nosso centroavante já havia guardado dois. Não satisfeito, Brandão ainda faria o terceiro. Festa coxa-branca diante de uma atônita torcida rubro-negra, que via seu time levar um chocolate em campo.
O Atlético descontou ainda no primeiro tempo, acordando os rubro-negros que na época ainda ficavam no gol de fundos do Couto, onde hoje fica a torcida coxa. Mas a alegria atleticana durou pouco. Com um lindo corte dentro da área, Jétson quebrou a espinha do zaga atleticana e marcou o quarto. Completamente perdido em campo, o Atlético ainda tomou o quinto, um gol contra do zagueiro China.
Festa coxa-branca, que 'presenteou' o rival na páscoa: uma cesta com cinco ovinhos! Aquele massacre ficou conhecido por ter motivado a 'revolução' no comando rubro-negro, que passou então a ser comandado por Mario Celso Petraglia. A sensação que ficou daquele jogo foi a de que valeu a pena ter viajado quatro horas e ter ido direto para o estádio. Hoje, 14 anos depois, tenho a oportunidade de agradecer publicamente: obrigado Coritiba por ter proporcionado a melhor páscoa da minha vida!".
Guilherme Prendin Ochika.
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