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Atenas – O Milan sofreu até o último segundo, mas desta vez não deixou o título da Liga dos Campeões lhe escapar pelos dedos como havia acontecido dois anos atrás, em Istambul. Ontem, em Atenas, o time derrotou o Liverpool por 2 a 1 e conquistou a competição pela sétima vez em sua história – perde apenas para o Real Madrid, que levantou a taça nove vezes.

Se em 2005 o Milan pagou o preço de ter deixado a defesa muito exposta mesmo depois de ter construído uma vantagem de 3 a 0 no placar, desta vez deixou claro que aprendeu a lição. Não baixou a guarda em nenhum momento e, na hora de defender o resultado, soube ser pragmático como um time italiano que se preza.

Os dois treinadores optaram por um modelo idêntico, com apenas um homem fixo na frente. Kaká era o encarregado de tentar aliviar a solidão de Inzaghi no Milan. No Liverpool, cabia a Gerrard a missão de encostar no rápido holandês Kuyt.

Com uma marcação bem ajustada, que não dava espaço para Kaká, o time inglês começou melhor o jogo. Pennant, surpresa de Rafa Benítez na armação do Liverpool, levava vantagem sobre Jankulovski, e por pouco não abriu o placar aos 10 minutos com um tiro cruzado. Dida se esticou e fez uma defesa importantíssima.

O Milan sentia falta da lucidez de Pirlo, que mais errava passes do que acertava. Mas estava escrito que era o dia da vingança e, mesmo sem merecer, o Milan foi para o intervalo em vantagem no placar. Aos 44 minutos, Kaká foi derrubado por Xabi Alonso na entrada da área. Na cobrança, o chute de Pirlo desviou em Inzaghi e "matou" o goleiro Reina.

O time italiano voltou para o segundo tempo fechadinho, à espera de que surgissem espaços para Kaká definir o jogo numa arrancada. Mas o Liverpool não se atirava ao ataque. A melhor chance para empatar nasceu de um erro de Gattuso aos 17 minutos. Gerrard entrou livre na área, escolheu o canto e bateu, mas Dida salvou.

Sem espaço para correr, Kaká tocava a bola com critério. E aos 37 minutos deu um belo passe entre os zagueiros do Liverpool para Inzaghi entrar sozinho na área e fazer 2 a 0.

Tudo parecia definido, mas quando Kuyt marcou de cabeça, aos 44, após um escanteio, o filme de Istambul certamente passou na cabeça de todos os jogadores e torcedores. E se o Liverpool empatasse e levasse o jogo para a prorrogação? O Milan teria equilíbrio emocional para sobreviver a esse baque? Desta vez, contudo, a tragédia não passou de uma ameaça. Os ingleses não conseguiram alçar nenhuma bola na área para o gigante Crouch tentar a cabeçada, e a nova virada ficou apenas no sonho. A taça foi para a Itália.

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