Florianópolis Moleque atrevido, habilidoso e com futuro garantido. Esse é o paulista Adriano de Souza, o Mineirinho, 18 anos. Virtual campeão mundial do WQS (World Qualifying Series), ele é apontado como a maior revelação do surfe brasileiro nos últimos anos e esperança para dar ao país o primeiro título do World Championship Tour (WCT), onde ele estará a partir de 2006.
O talento prodígio, que fez o menino do Guarujá (litoral de São Paulo) conquistar o Mundial júnior em 2004 e estar há poucos pontos da conquista na divisão de acesso neste ano, rende uma comparação ousada de surfistas mais velhos.
"O Mineirinho é tipo o Robinho. Moleque com muito talento e que já chega arrebentando tudo. Tenho certeza de que vai dar muito trabalho no WCT", afirmou o carioca Raoni Monteiro, 23 anos, segundo ano na elite.
O paralelo com o craque do Real Madrid e da seleção brasileira agradou à revelação das ondas. Porém ele crê ainda estar longe do prestígio e do brilho de Robinho. "Fico feliz. Gostei dessa comparação. Mas ainda não sou nada perto do Robinho. Não sou um fenômeno como ele", admitiu.
Humilde e sabendo o que vai ter de enfrentar na primeira divisão, Mineirinho não se sente pressionado pelas expectativas em cima de seu desempenho. Acredita que isso só serve de estímulo para conseguir seus objetivos.
"Quando escuto o palanque dizer Mineirinho, você é o primeiro da bateria, isso só me dá mais força para correr atrás de uma onda melhor do que a anterior", disse.
Apesar da pouca idade, a determinação que Adriano de Souza transparece encantou uma das lendas do surfe nacional. O paraibano Fábio Gouveia, 36 anos, não poupa elogios ao atleta. Para ele há uma explicação pelo sucesso do garoto.
"Existem outros surfistas com o talento parecido ao do Mineirinho. A diferença está na aplicação e na busca constante dele pelos objetivos. É nisso que ele tira vantagem", comentou Gouveia, que já esteve por 12 anos no WCT.
Mesmo quem é derrotado por Mineirinho se rende à qualidade do moleque sobre a prancha. O experinte Guilherme Herdy, 31 anos, já esteve entre as cobras do WCT e sabe do que está falando.
"É incrível, o Mineirinho sempre acha a onda certa. Ele tem certamente um enorme futuro pela frente", declarou o surfista, logo após ser batido pelo paulista em uma bateria do WQS de Florianópolis, que termina hoje, na Praia Mole.A sensação das praias se inspira no seu maior ídolo, o mito Kelly Slater. O surfista norte-americano é hexacampeão mundial e em 2004 já afirmou que Mineirinho tinha talento para chegar ao topo do circuito Slater chega hoje a Florianópolis para a disputa da perna brasileira do WCT.
"Ele é o cara. Meu maior ídolo desde quando comecei a surfar. É uma pena que em pouco tempo vai estar parando", lamentou.
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