São Paulo Sorriso tímido, reação contida e a certeza de que, por linhas tortas, seu futebol acabou sendo reconhecido pelo técnico Carlos Alberto Parreira. Essa foi a reação do volante Mineiro ao receber do assessor de imprensa do São Paulo, Juca Pacheco, a notícia de que havia sido convocado para substituir o volante Edmílson na seleção brasileira que jogará a Copa da Alemanha.
"Olha, eu fiquei mais emocionado do que ele. Não é à toa que o Mineiro é chamado de homem de gelo. Mas não há dúvida de que ele ficou feliz."
Jogador reservado, de poucas palavras, mas muito querido pelos companheiros, Mineiro, no início, achou que era mais uma brincadeira para descontrair o ambiente.
"Primeiro ele soube pelo Juca. Depois cada um ia passando e também ia parabenizando o Mineiro. Só após um tempo é que ele percebeu que realmente tinha sido convocado", afirmou Sérgio Rocha, assistente de preparação física do São Paulo, que ainda fez uma brincadeira com o volante.
"Mineiro, pelo amor de Deus, vê se dá um sorriso agora", brincou Rocha durante o almoço no refeitório do Centro de Treinamento do clube.
Segundo Rocha, a convocação de Mineiro tornou o dia dos atletas bem mais descontraído. "O Mineiro é muito querido e uma unanimidade. Todos gostam muito dele. Fizeram muita festa, brincaram, e mesmo assim ele conteve a euforia. Ele estava feliz, mas reservado", completou o preparador.
Em entrevista ao site do clube, o atleta, que não deu declarações à imprensa antes da partida de ontem à noite contra o Fluminense, também foi econômico.
"Na primeira lista fiquei chateado, mas não triste, porque na minha carreira sempre conquistei coisas bonitas. Do meu ponto de vista, não gostaria que fosse assim. Não esperava, mas estou feliz."
Segundo o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, a CBF havia feito uma consulta ontem por volta das 11 horas para saber das condições do volante.
"Eles conversaram comigo, e liberei para falar com José Sanchez (médico do São Paulo). Mas o que ficou certo é que a convocação do atleta passaria a valer somente a partir de amanhã (hoje)", disse Juvêncio.
Segundo o superintendente Marco Aurélio Cunha, a decisão de proibir o atleta de falar com a imprensa antes do jogo contra o Fluminense sobre a sua convocação para a Copa foi acertada.
"Em dia de jogo, é concentração total. Entrevista gera um desgaste desnecessário", disse o dirigente.
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