O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, diz ter "dúvidas" sobre a possibilidade de concluir o metrô de Curitiba até a Copa de 2014. A obra é a principal proposta do prefeito Beto Richa (PSDB) de melhoria urbana para o Mundial, dentro de um pacote de investimentos que chega a R$ 4,5 bilhões.
"Tenho dúvidas sobre a viabilidade do metrô até a Copa porque ainda não há estudo de viabilidade, nem custo definido da obra", afirmou o ministro. Ele disse que durante o último encontro que teve com Beto Richa foi informado de que o estudo de viabilidade ficará pronto apenas no começo do próximo ano.
O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, Cléver de Almeida, garante que do ponto de vista da engenharia é possível finalizar a construção. "O que a gente precisa é de um fluxo de caixa capaz de fazer a obra não sofrer nenhum tipo de interrupção", explica.
Almeida diz que o metrô de Curitiba é "bem simplificado". Segundo ele, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (órgão do governo federal) também concorda que a obra tem condições de ser concluída entre quatro e cinco anos.
A licitação para estudos e projetos de engenharia foi vencida pelo consórcio Novo Modal (formado pelas empresas Engefoto, Esteio, Trends e Veja). O trabalho custará R$ 2 bilhões e a expectativa é de que os 22 quilômetros entre os terminais Santa Cândida e CIC Sul custem aproximadamente R$ 2 bilhões e fiquem prontos entre o segundo semestre de 2013 ou no começo de 2014.
Além do metrô, a bancada do Paraná no Congresso Nacional aprovou uma emenda de R$ 402 milhões para obras viárias em Curitiba e região metropolitana, dentro do PAC da Mobilidade. A ideia é construir anéis viários que irão beneficiar, além da capital, Almirante Tamandaré, Araucária, Colombo, Pinhais, Piraquara e São José dos Pinhais. (AG)
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