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De olho nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, o Ministério do Esporte lançou na última segunda-feira a Bolsa-Atleta. O programa promete beneficiar atletas de baixa renda ou que não possuem patrocínio para que mantenham os treinamentos e os índices já obtidos. Mesmo recém-lançado, o programa já enfrenta problemas. A verba estimada para este ano (R$ 5 milhões) já foi quase totalmente utilizada na primeira remessa de bolsas. "Já solicitei a ajuda do presidente", disse o ministro Agnelo Queiroz.

Outra adversidade enfrentada pelo Ministério é o atraso em algumas das obras do programa do Pan. Agnelo Em entrevista à Gazeta do Povo, por telefone, Queiroz garante que o governo federal irá assumir a maior parte dos custos que estão faltando para a conclusão dos trabalhos.

Gazeta do Povo – Qual a avaliação que o sr. faz da primeira liberação de verba da Bolsa-Atleta?

Agnelo Queiroz – O objetivo central da Bolsa-Atleta é dar auxílio a quem já mostrou talento e precisa continuar a treinar, até o seu talento ser absorvido pelos patrocinadores privados. A grande maioria dos nossos atletas é carente. Ele precisa trabalhar e, conseqüentemente, não se dedica ao treinamento. Esse auxílio é isso, e por isso é temporário, para manter tem de continuar com os índices.

– Quando o Ministério pretende entregar o restante das bolsas previstas no programa?

– Primeiro precisamos concluir a apuração para ver a totalidade dos beneficiários e os recursos necessários. Isso deve levar uns dois meses. Já falei com o presidente (Lula) e ele garantiu que vai nos ajudar a atender neste ano. A estimativa é de mais mil atletas em 2005. Vai estar tudo regularizado, com todos recebendo até abril do ano que vem.

– A ajuda do presidente é para cobrir a diferença entre os R$ 5 milhões orçados para o projeto e os R$ 4,7 milhões que já foram gastos?

– Exatamente. É uma suplementação para atender todas as bolsas. Podemos fazer também um remanejamento de outras áreas do Ministério. Ainda não sei de quais, mas não será suficiente. Tendo a totalidade, já vamos fazer o pedido de suplementação integral.

– O que será feito para que em 2006 não seja necessário este remanejamento? Já existe uma estimativa de orçamento para atender à Bolsa-Atleta no ano que vem?

– Vamos ter essa estimativa em dois meses. Um parâmetro é que tenha um crescimento, e já estamos prevendo esse orçamento com um pouco a mais por causa desse crescimento.

– O Pan de 2007 será a grande vitrine do projeto?

– Acredito que sim. Não tenho dúvida de que a falta desse auxílio é o que prejudica o aparecimento de muitos talentos. Isto terá um efeito no Pan e na Olimpíada de 2008. Com o passar dos anos, nos Jogos de 2012 e 2016, teremos efeitos concretos, porque a revelação de novos talentos vai aumentar cada vez mais. Não tenho dúvida de que já iremos colher frutos daqui a dois anos.

– O engenheiro alemão Herman Tilke, responsável por elaborar o projeto de remodelagem do Autódromo de Jaracarepaguá, no Rio, disse que ainda não finalizou o projeto. O senhor não teme que esta e outras obras para o Pan não fiquem prontas em tempo?

– A gente fica preocupado, como responsável por tudo isso. Esta obra está a cargo da Prefeitura do Rio, estamos atentos, acompanhando para o que for necessário. Porém, para garantir a realização dos Jogos Pan-Americanos, o governo federal está assumindo a diferença no orçamento inicialmente previsto quando ganhamos a candidatura. Os valores subiram substancialmente.

– Qual é o valor dessa diferença?

– Nós vamos divulgar esses dados em agosto. Estamos concluindo um levantamento para anunciarmos quanto em novos encargos o governo vai assumir para a realização do Pan.

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