O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta segunda-feira a envolvidos nos protestos de sábado, em frente ao estádio Mané Garrincha, que pedirá ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que controle o uso da força policial na contenção de novas manifestações.
"Vou ligar para ele e dizer: "Agnelo, assim não dá'", relatou Rodrigo Montezuma, funcionário do BRB (Banco de Brasília) e diretor de Mobilização Social do Instituto de Fiscalização e Controle. Ele se encontrou com o ministro, no Palácio do Planalto, acompanhado da filha, a estudante de ciência política Illyusha Montezuma.
Segundo Rodrigo Montezuma, Carvalho avaliou que, após ver imagens dos conflitos na internet, "pode ter havido excessos" por parte da Tropa de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal.
O confronto entre PM e manifestantes deixou pelo menos 29 pessoas feridas (quatro policiais) e 30 manifestantes foram detidos. Todos foram liberados na noite de anteontem. A polícia usou bala de borracha, bomba de efeito moral e gás pimenta contra os manifestantes que estavam próximos aos portões do estádio.
A manifestação tinha como objetivo criticar as obras da Copa e apoiar o movimento do passe livre em São Paulo. Mas se juntaram a eles punks, indígenas, professores e sem-teto. Um grupo começou a xingar os torcedores que estavam nas filas. Segundo a PM do DF, o uso da força para conter os manifestantes antes do jogo de sábado, entre Brasil e Japão, ocorreu porque os manifestantes "aparentavam" invadir e depredar o estádio da abertura da Copa das Confederações.
Ainda conforme Montezuma, Gilberto Carvalho relatou não ter ainda conversado com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre os protestos realizados na capital paulista.O ministro não deu entrevista sobre o assunto.
O encontro mostrou a fragilidade do canal de diálogo do Planalto com os movimentos ligados à manifestação. Embora tenha chamado representantes de diversos grupos envolvidos nas manifestações, apenas Montezuma e a filha compareceram ao encontro, na manhã desta segunda, no Palácio do Planalto.
Outro detalhe é que Rodrigo Montezuma, que se apresentou como representante dos manifestantes, afirmou que não esteve presente nos protestos. Sua filha disse que compareceu apenas à manifestação de anteontem, mas que sequer conseguiu se aproximar dos demais manifestantes pois foi impedida pela cavalaria da Polícia Militar.
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