O governo federal está frustrado com o que o ministro dos Esportes, Orlando Silva, chamou de falta de empenho da cidade e do Estado de São Paulo na adaptação do estádio do Morumbi às regras da Fifa para utilizá-lo na Copa do Mundo de 2014.
Em tom político, o ministro criticou a demora da prefeitura da capital paulista e do governo do Estado de São Paulo, ambos administrados por partidos que fazem oposição ao governo federal, em dar um solução para o impasse em torno do estádio do Morumbi.
"Morumbi é um problema de São Paulo, e não do São Paulo (Futebol Clube, proprietário do estádio). Quem indicou o Morumbi para a Copa foram a cidade e o Estado de São Paulo. Acho que cidade e Estado precisam assumir suas responsabilidades. A palavra está com eles", afirmou Orlando Silva.
"Me frustra não ver uma atitude mais ativa da cidade e do Estado de São Paulo no que diz respeito ao projeto do Morumbi. O São Paulo Futebol Clube sozinho é incapaz de resolver um problema desse tamanho", complementou o ministro.
São Paulo reivindica fazer o jogo de abertura da Copa de 2014, mas segundo uma alta fonte do governo, "as chances são remotíssimas".
Apesar do recente alerta feito pela Fifa sobre atrasos nas obras para o Mundial, Orlando Silva garantiu que o cronograma de obras estruturais para a Copa de 2014 não está atrasado, mas reconheceu que as cidades-sede precisam "colocar o pé no acelerador".
"Até aqui foi um período de preparação institucional, foi um período de treinos. Depois da (Copa do Mundo da) África do Sul, as obras vão sair do papel e entraremos na fase de jogo", analisou o ministro.
"A Copa no Brasil tem um ritmo que precisa ser acelerado. O avião está decolando e ainda não atingiu a velocidade de cruzeiro", comparou.
Os ministérios dos Esportes e do Turismo apresentaram nesta segunda-feira no Rio de Janeiro o projeto da Casa Brasil 2014, que será instalada em Johannesburgo, na África do Sul, para promover o Mundial de 2014 e o próprio país durante a Copa do Mundo deste ano.
A Casa será aberta a partir de 15 de junho, data da estreia do Brasil no Mundial, e vai divulgar a cultura, a gastronomia, os costumes, as belezas e projetos brasileiros de inovação tecnológica, além de mostrar as 12 cidades que vão sediar o mundial de 2014.
O local será também um centro de negócios para empresários brasileiros, além de palco para o lançamento da logomarca da Copa de 2014 e de uma campanha para atrair novos turistas estrangeiros.
"A Casa Brasil será o pontapé inicial da estratégia brasileira para a Copa de 2014", disse o ministro do Turismo, Luiz Barreto, que espera que até a Copa o fluxo de estrangeiros ao país aumente em ao menos 10 por cento ao ano.
"A Casa representa os quinze primeiros minutos desse jogo de noventa minutos até 2014. Ela vai marcar a nossa entrada em campo", acrescentou Barreto.
Os dois ministérios, junto com as pastas de Desenvolvimento, Indústria e Comércio e de Ciência e Tecnologia, vão investir na Casa Brasil 10,2 milhões de reais.
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