Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Um ano inteiro repassado em uma madrugada mal dormida. Quase como aconteceu a cada noite de Henrique, Pedro Ken e Keirrison após os 34 jogos do Coritiba na Segunda Divisão. Mas dessa vez, o motivo da insônia não foi a pressão, preocupação ou a ansiedade do trio que devolveu ao torcedor o orgulho de vestir a camisa alviverde. Foi a alegria. Só quando anoiteceu foi que a ficha dos três jogadores realmente caiu.

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"Só consegui pregar o olho lá pelas seis da manhã", conta Keirrison. "É muita adrenalina".

O atacante, logo após a partida, foi jantar com Henrique. Depois foi para casa ficar pensando em toda trajetória coxa-branca, da qual foi decisivo nas última partidas. Já Pedro Ken dividiu com o zagueiro o comando da festa na sede da Império, logo após a confirmação do acesso. Ontem, cada um acordou por volta do meio-dia, almoçou e depois de se reencontraram shopping Müller. Antes de encarar um cineminha – o programado era Jogos mortais IV, mas Tropa de elite também estava cotado – falaram à Gazeta do Povo.

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O discurso já mudou um pouquinho. Embora o título da Segundona ainda seja o principal assunto que ocupa os rapazes – seria a primeira taça como profissional –, a possibilidade de realizar o sonho de jogar na Série A faz os olhos brilharem.

"Esse ano roemos o osso. Agora é só filé", brinca Pedro Ken.

No começo, ainda sob a desconfiança do torcedor, o atleta chegou a confidenciar aos amigos: "Tenho de matar um leão por dia para provar o meu valor". Ontem, após fotos e autógrafos com os fãs, a frase soou apenas como uma lembrança. "É o reconhecimento. Acabamos com toda a desconfiança que a torcida tinha da gente".

Já o sorriso de Henrique comprovava que o acesso havia cicatrizado de vez uma ferida grande, aberta no ano passado. A raiva que sentiu após a equipe não obter sucesso em 2006 se transformou em euforia. "Acordei aliviado. Não sei o que aconteceu no ano passado, mas senti muita raiva com aquilo. Esse ano, com jogadores da casa, foi bem diferente".

Para os três, o momento chave da campanha alviverde foi a vitória sobre o Marília, por 2 a 0, na 18.ª rodada. O Coritiba não vencia havia seis partidas fora de casa. "O Marília era o líder e o nosso time estava desacreditado. Aquilo nos alavancou", lembra o zagueiro.

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Amigos desde as categorias de base, os três jogadores têm a carreira gerenciada pela Massa Sports, que tranquiliza o torcedor coxa. "Vão disputar a Série A no ano que vem. Para sair, só se for por uma oferta irrecusável", afirma Marcos Malaquias.