O ícone do boxe completa hoje 70 anos. Muhammad Ali é para muitos o melhor pugilista da história e um dos esportistas mais influentes de todos os tempos. Mundialmente conhecido pela sua maneira de lutar, despontou também pelas suas posições políticas. O Mal de Parkinson levou o vigor físico, mas nenhum golpe conseguiu abalar o seu carisma. Mesmo 30 anos afastado dos ringues, doente e sem poder dar entrevistas, mantém a popularidade que o consagrou.
Nascido Cassius Marcellus Clay Jr, em Lousville, Kentucky (EUA), descobriu o boxe aos 12 anos, quando teve a sua bicicleta roubada. Um policial o aconselhou à época a ir treinar antes de tentar reaver a bicicleta na violência. Logo depois, Clay estreava no amadorismo com uma vitória por pontos, após três minutos, diante de Ronnie OKeefe. A primeira bolsa do futuro campeão mundial dos pesos pesados foi de apenas US$ 4.
Alguns anos mais tarde, após se sagrar campeão olímpico em 1960, Cassius Clay começou a carreira profissional. Com 19 lutas e 22 anos, chegou como zebra na proporção de 7 por 1 para enfrentar Sonny Liston. Venceu e assombrou o mundo. "Sou o maior", gritou após o nocaute no sétimo assalto. Pouco depois, se converteu ao islamismo e tornou-se Muhammad Ali.
Em 1967, se recusou a integrar o exército norte-americano na Guerra do Vietnã. "Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?", disparou. Com frases como essa, Ali demonstrou toda a incoerência da Guerra, mas também perdeu o título. Sua volta ao boxe aconteceu somente em 1970.
Um ano depois, perdeu a invencibilidade para Joe Frazier. Precisou esperar três anos para recuperar o cinturão. Voltou a ser campeão, aos 32 anos, após bater George Foreman. Em 1979, anunciou a aposentadoria, mas voltou em 1980 para perder para Larry Holmes e, no ano seguinte, para Trevor Berbick. Pendurou, de vez, as luvas aos 39 anos.
Eleito "Esportista do Século", pela revista Sports Illustrated e "Personalidade do Século" pela BBC, foi nomeado o "Mensageiro da Paz", pela ONU. Um dos feitos longe dos ringues foi conseguir que o ditador Saddam Hussein libertasse 14 prisioneiros norte-americanos que estavam em Bagdá, em 1990.
Em 1984, aos 42 anos, revelou que sofria do Mal de Parkinson. Não se entregou à doença e usou de sua fama e fortuna para apoiar pesquisas da cura. O que seria a sua maior vitória.
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