Alviverdes
Davi fora
O meia Davi não joga mais neste ano. Depois de sentir a panturrilha direita contra o Santos, uma ressonância magnética constatou lesão de grau 1. O jogador não sabe se segue no clube, pois seu contrato termina em dezembro e a diretoria ainda não o procurou para renovar.
Time
Com a lesão de Davi e as suspensões dos volantes Leandro Donizete e Willian, o técnico Marcelo Oliveira terá de quebrar a cabeça para escalar o time que enfrenta o Avaí no domingo. Para o lugar dos suspensos, a primeira opção é o volante Gil. Para substituir Davi, Tcheco deve retornar. Outra dúvida é o atacante Marcos Aurélio, que está no departamento médico.
São poucos os jogadores de futebol que conseguem manter um bom nível técnico e físico ao longo de toda uma temporada. Chegando à penúltima rodada do Brasileirão, é essa a avaliação da comissão técnica a respeito do meia Rafinha em 2012. Ele está entre os que mais jogaram pelo Coritiba no ano, mas mesmo assim ainda tem combustível de sobra para enfrentar Avaí e Atlético.
Apesar de ser regular desde janeiro, foi no segundo semestre que o baixinho assumiu de fato a posição de destaque no time. Ele já esteve às sombras de Marcos Aurélio em um primeiro momento e foi apenas parte da engrenagem do esquema tático do técnico Marcelo Oliveira. Sem estar necessariamente amarrado à formação com três meias-atacantes, seguiu evoluindo.
"O Rafinha é um jogador fundamental para o Coritiba. Não é porque é veloz, tecnicamente muito bom, dá muitas assistências e marca gols às vezes. É principalmente por ser um jogador supermoderno e atual. Ele marca, recompõe taticamente e posso mudá-lo de posição", descreve Oliveira, sem poupar elogios.
No Brasileirão, o atleta tem alguns pontos de destaque nas estatísticas. Ele não está entre os que mais finalizam a gol. Em compensação, participa de outras formas. É o jogador do time que mais dribla (26 por partida), mais faz cruzamentos (6) e um dos principais passadores (24). De quebra, ainda é o que mais recebe faltas (3).
A explicação para a regularidade e a intensa participação nos jogos está no preparo físico. "Tem atleta que está bem condicionado e tem atleta que é bem condicionado. O Rafinha é bem condicionado, já tem essa característica genética. E no trabalho físico enfatizamos as qualidades que ele tem de velocidade, arranque e movimentação", explica o preparador físico alviverde, Alexandre Lopes. "É um atleta privilegiado, que se destaca pelo número de ações de alta intensidade que executa durante os jogos", complementa.
Rafinha diz que parte do desempenho físico está ancorado em uma boa pré-temporada, para sustentar bem a sequência de jogos. Além disso, soma outro fator: a discrição. "Sou mais quieto, isso ajuda. Prefiro fazer meu trabalho. Às vezes até falo, brincando, que não gosto de dar entrevista, de aparecer. Não é que não goste, é meu jeito, de ficar mais na minha. Isso interfere em campo", garante.
Não por acaso o time do Alto da Glória não abre mão de contar com o jogador até o final do contrato, que vai até dezembro de 2013. Principalmente o técnico: "Ele é muito cobiçado, mas espero que continue [aqui] por muito tempo", deseja Oliveira.
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