Bem que os garotos do Palmeiras tentaram. Mostraram vontade, buscaram jogo, correram muito. Mas eles não foram páreo para a péssima drenagem do estádio Palestra Itália. A forte chuva que caiu na capital paulista castigou o gramado e impediu que o Verdão conseguisse algo melhor do que o 0 a 0 contra o Oeste, na partida realizada na tarde deste sábado.
Com o empate, o sétimo na competição, a equipe comandada pelo técnico Antônio Carlos segue na modesta décima colocação na tabela, com 25 pontos, dois a mais que a equipe de Itápolis, que vem logo atrás na classificação. As duas equipes se despedirão do estadual na próxima quarta-feira. O Palmeiras vai a Jundiaí para enfrentar o Paulista, enquanto que o Oeste receberá a visita do Rio Branco.
Apesar do cenário nada favorável, a molecada do Palmeiras e o Oeste, que precisava da vitória para seguir com chances de brigar pelo título de campeão do Interior, começaram a partida esbanjando vontade. O relógio não marcava dez minutos e cada equipe já havia perdido uma grande chance de gol.
O Verdão assustou primeiro. Aos quatro, após rebatida de Danilo na defesa, a bola sobrou na grande área adversária para Vinícius, que avançou livre e, cara a cara com Neneca, bateu em cima do goleiro do Oeste. O time do Interior respondeu aos nove, quando Alex William fez grande jogada pela esquerda e cruzou para a área. A bola sobrou para Alê, que bateu firme, de pé direito. Eduardo, em cima da linha, evitou o gol.
A chuva claramente prejudicava mais o Palmeiras. Antônio Carlos havia apostado seu jogo na velocidade do seu trio de frente, formado por Ivo, Joãozinho e Vinícius. Mas era muito difícil carregar a bola, principalmente pelo meio. Não foram poucos os lances nos quais os atletas foram derrotados pelas poças do gramado. Do lado contrário, com mais entrosamento, o Oeste valorizava a posse de bola, embora não chegasse com perigo ao gol adversário.
O tempo passava e o Palmeiras não dava sinais de melhora. Com Ivo e Joãozinho bem marcados, Vinícius pouco aparecia. Quem tinha liberdade no meio-campo era o volante Souza que, no entanto, abusava do direito de errar passes, para desespero do torcedor alviverde. O Palmeiras só foi assustar o gol adversário novamente aos 33. No único lance em que suas principais peças apareceram, Joãozinho quase marcou. Ele recebeu passe de Ivo e, de pé esquerdo, bateu no ângulo de Neneca, que espalmou para escanteio. Na cobrança, Gualberto subiu mais alto que os marcadores e testou firme, porém, por cima do gol.
Gramado impraticável no segundo tempo
No segundo tempo, a chuva apertou e, com isso, o gramado ficou ainda pior do que já estava. O primeiro lance de perigo, aos dez, foi do Palmeiras, com Ivo, que fez boa jogada pela direita e, ao tentar cruzar pela direita, quase encobriu o goleiro Neneca, que conseguiu voltar e espalmar por cima do gol. O Verdão tinha ímpeto, mas cometia o erro de seguir tentando chegar por baixo, o que era impossível.
Aos 25, Souza assustou em cobrança de falta pelo lado esquerdo. O Oeste, que no primeiro tempo saiu para o jogo, definitivamente renunciou ao ataque e passou apenas a se defender. Antônio Carlos ainda tentou dar novo gás ao time, colocando Diego Souza e Robert nas vagas de Márcio Araújo e Joãozinho, mas nas pouquíssimas jogadas lúcidas, as poças levaram a melhor.