Morreu neste domingo (17), aos 85 anos, em São Paulo, Francisco Sarno, ex-treinador de Coritiba, clube pelo qual foi bicampeão em 1968 e 69, e Atlético. Sarno sofria do Mal de Alzheimer. Ele foi o pioneiro a lançar um livro "Futebol, a dança do diabo", que causou polêmica em 1965.
Nascido em Niterói, no dia 5 de novembro de 1924, Francisco José Sarno Matarazzo oi zagueiro do Botafogo, do Palmeiras, do Vasco, do Santos e do Jabaquara, onde começou a carreira de treinador. Dirigiu o Corinthians entre 1971 e 1972 e teve passagem marcante pela Ponte Preta, time em que considerou em seu livro como o melhor time em que trabalhou. Dirigiu outros times no interior paulista, como Noroeste e Guarani e chegou a trabalhar na Colômbia.
No futebol paranaense, Sarno dirigiu o Atlético no Brasileirão de 1973, o primeiro que o Furacão disputou, tendo uma passagem curta pela Baixada. Mais marcante foi a passagem anterior pelo Coritiba. No Coxa, Sarno chegou na metade do Paranaense de 1968 e quebrou um jejum de oito anos sem títulos paranaenses com um bicampeonato (1968 e 1969), os primeiros da Era Evangelino Neves. Sarno treinou o Alviverde na primeira excursão internacional do clube em 1969.
Sílvio Gonzaga, do Grupo Helênicos, conta uma passagem curiosa da final de 1968, um Atletiba na Vila Capanema. "O Coritiba precisava do empate e antes do fim do primeiro tempo o Sarno colocou o Paulo Vecchio para aquecer. O atacante ficou no vestiário. O Atlético abriu o placar e o técnico, aos 30 minutos, tirou o ponta Oromar e o Paulo Vecchio viu o colega descer o vestiário e bravo começou a arrumar as coisas para ir embora. Então o massagista chamou ele e explicou que o técnico Sarno tinha esquecido dele e que ele iria entrar. Paulo Vecchio entrou com mais de 30 minutos do segundo tempo e no último lance fez o gol do título coxa-branca", contou Gonzaga.
Francisco Sarno enfrentou o Coritiba como jogador por duas vezes, em 1947, pelo Botafogo. Curiosamente, um colega de time seria considerado por muitos o maior treinador da história do Coxa: Tim. Sarno foi também comentarista da Rádio Tupi de São Paulo em épocas que estava sem emprego e é pai da jornalista Maria José Sarno, da Rede Globo. O enterro está marcado para a tarde deste domingo em São Paulo.
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