Morreu na noite de terça-feira (24), vítima de infarto, o técnico Jorge Vieira. O treinador, de 78 anos, foi famoso nacionalmente pelo último título estadual do América-RJ e por comandar o início da Democracia Corintiana. No futebol paranaense, teve passagens históricas pelo Coritiba.
O técnico foi sepultado na manhã desta quarta-feira (25) no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Histórico
Jorge Vieira começou a carreira de técnico bastante jovem após breve carreira de jogador pelo Madureira e pelo América do México, sendo bicampeão mexicano.
Aos 26 anos, conquistou o título do Campeonato Carioca com o América, declaradamente seu time de coração. O Sangue nunca mais foi campeão desde então.
Pelo Corinthians, foi campeão paulista em 1979 e em 1983, no início da Democracia Corintiana. Vieira ainda classificou o Iraque para a Copa do Mundo de 1986, mas não ficou para o Mundial.
Comandante Coxa
Em 1976, Vieira ajudou o Coxa a ser campeão estadual, comandando o clube nos dois primeiros turnos do campeonato -- que era disputado em quatro fases. Em 1986 esteve à frente da equipe na primeira participação na Copa Libertadores da América e no titulo estadual. Em 1992, conseguiu o acesso no Brasileirão.
Nas três passagens pelo Coritiba, Vieira participou de momentos importantes da história do clube. Em 1976, foram 30 jogos, 23 vitórias, cinco empates e duas derrotas, ambas para o Londrina.
Ele conquistou a Taça Cidade de Curitiba, disputada pelos quatro times da cidade (Coritiba, Atlético, Colorado e Pinheiros) e comandou a equipe nos dois primeiros turnos do Estadual, saindo depois para comandar o Botafogo-SP no Brasileiro.
A segunda passagem do treinador pelo Coxa durou 23 partidas e foi no primeiro semestre de 1986. Ele assumiu a equipe do Alto da Glória no 2º turno do Paranaense, no lugar de Urubatão Calvo Nunes, levando o time ao título do Estadual.
Além disso, comandou o Coritiba na primeira Libertadores da história, em 1986. Nesta competição, uma passagem curiosa: Jorge Vieira não comandou o Coritiba na abertura do returno, contra o Barcelona-QUE, no Couto Pereira, pois foi ao casamento da filha no Rio de Janeiro. No total, foram 12 vitórias, dez empates e duas derrotas, uma para o Pinheiros no Estadual e outra para o Deportivo Quito na Libertadores.
A terceira e última passagem de Jorge Vieira pelo Coxa foi em 1992 durante a Série B daquele ano. Foram 15 jogos com cinco vitórias, quatro empates e seis derrotas. Foi o suficiente para garantir o acesso para a Série A de 1993, que seria ampliada para 12 equipes.
Mais marcante foi o "rush" para o acesso: o Coxa precisaria de três vitórias em três jogos para se classificar e subir e o fez batendo o Bangu por 2 a 1, o Criciúma por 1 a 0 e o Joinville por 2 a 0, com direito a invasão da torcida alviverde em Santa Catarina.
Vieira não ficou para o Estadual, sendo substituído por Picolé. Todos os dados das passagens do técnico pelo Coxa são do Grupo Helênicos.
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