A FIA, entidade que dirige a Fórmula 1, pediu às equipes que aprofundem no futuro os cortes de custos definidos para 2009, eventualmente adotando um limite voluntário para seus orçamentos.

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Em carta à Fota (Associação das Equipes da Fórmula 1), o presidente da FIA, Max Mosley, disse que o pacote de medidas aprovado em dezembro será muito útil, mas que ainda é preciso tomar outras providências neste ano. A FIA e a Fota manterão uma reunião na quinta-feira.

De acordo com Mosley, para 2010 será preciso definir "mudanças realmente grandes" para que a categoria sobreviva à crise global.

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"Tivemos um campeonato dependente da disposição do setor automobilístico mundial em continuar gastando vastas quantias nas corridas de Fórmula 1, e as poucas equipes independentes restantes (com uma exceção) estão inteiramente dependentes da generosidade dos seus donos bilionários", afirmou Mosley.

"Nas atuais circunstâncias, seria loucura pressupor que isso pode continuar", acrescentou o britânico. "Os custos devem ser reduzidos a um ponto em que uma equipe independente, se bem administrada, possa operar lucrativamente apenas com o dinheiro da FOM (Administração da Fórmula 1) e com um patrocínio muito moderado. Essa é a única forma de salvaguardar o campeonato e permitir que novas equipes entrem para preencher as lacunas e substituir as que estão saindo."

Durante a temporada passada, a pequena equipe Super Aguri, que tinha motores Honda, desistiu da categoria. Já depois do campeonato, em dezembro, a própria Honda anunciou que abandonaria a F1 por causa da crise.

Como não apareceu um comprador para a equipe, por enquanto a F1 fica com apenas nove equipes e 18 carros, apesar de haver espaço no grid para 24 carros, de 12 equipes.

Diante da crise do setor automobilístico mundial, há temores de que outras montadoras sigam o caminho da Honda.

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Mosley disse que a limitação orçamentária, num esporte em que as equipes podem queimar mais de 300 milhões de dólares por ano, tem seus atrativos.

"A idéia de que cada time deva ter a mesma quantidade de dinheiro, para que o sucesso seja simplesmente em função da capacidade intelectual, tem grande apelo", afirmou.

"Se adequadamente adotado, seria um sistema muito justo. De fato, uma opinião é de que ter muito mais dinheiro do que uma equipe rival é tão injusto quanto ter um motor maior. Gostaríamos de discutir mais isso com a Fota."