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A mais longa dinastia do futebol brasileiro está perto do seu fim. Há 22 anos na presidência da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura revelou a intenção de não concorrer a um novo mandato na eleição marcada para abril do ano que vem.

"Não tenho vontade de continuar", disse o cartola ontem, durante debate promovido pela Rádio Banda B para discutir o que o estado do Paraná precisa fazer para ser sede da Copa do Mundo de 2014.

O Mundial, aliás, deve ser a última briga de Moura à frente da FPF. O projeto de construção de um novo estádio na área atualmente ocupada pelo Pinheirão foi escolhido há duas semanas pelo governo do estado para ser indicado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no dia 31 de maio. Dentro deste prazo, o dirigente terá que dar garantias de que realmente possui um investidor disposto a bancar a iniciativa.

Ao falar do projeto, Moura deixou escapar o tom de despedida em seu discurso. "Até lá (em abril de 2008) entendo que minha luta estará concluída com a confirmação do Paraná para sediar a Copa", revelou o dirigente, que apontou como conquistas do seu longo reinado a venda de jogadores paranaenses para o exterior, o grande número de competições organizadas pela Federação e a relação amistosa com a CBF – que teria sido abalada por dívidas do jogo entre Brasil e Uruguai, em 2003, pelas Eliminatórias da Copa da Alemanha. "Temos uma bom trato com a entidade, e por causa disso já trouxemos um Pré-Olímpico para o Paraná", ressaltou.

Cinco "presidenciáveis"

Caso Moura realmente desista de concorrer, a Federação Paranaense deverá ter uma das eleições mais movimentadas da sua história. Pelo menos três pessoas ligadas ao futebol já despontam como possíveis candidatos. No entanto, todos preferem ser nome de consenso entre clubes e ligas a disputar um bate-chapa.

"Eu aceitaria dirigir a Federação por um período de recuperação. Não é um projeto meu de vida, mas pode acontecer. De qualquer forma, quero participar do processo sucessório", revela Joel Malucelli, empresário e presidente de honra do J. Malucelli.

Com o mesmo pensamento de busca por um consenso estão o presidente do Londrina, Peter Silva, e o empresário e ex-dirigente da FPF, Hélio Cury, derrotado por Moura na eleição de 2004.

"Tenho a intenção de ser presidente. Mas o interesse maior é mudar o comando, organizar um grupo com idéias novas, reestabelecer a democracia na Federação", diz Cury.

Outros dois nomes têm sido cogitados: o do chefe da Casa Civil Rafael Iatauro e do presidente da Paraná Esporte Ricardo Gomyde. Através de sua assessoria, Iatauro nega qualquer intenção de no futuro ocupar o cargo de Moura. Por sua vez, Gomyde acredita ser cedo para tratar do assunto. "A declaração do presidente Onaireves Moura é um fato novo. Mas acho precipitado ainda comentar isso, ainda temos um ano para amadurecer essa questão. Será um processo natural", afirmou.

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