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Citado no caso que pode rebaixar o União Bandeirante por utilizar jogadores em situação irregular no Estadual 2006, o presidente licenciado da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, interrompeu seu descanso para defender a entidade.

"A federação não tem nada a ver com isso", afirmou o dirigente, repassando a responsabilidade ao clube. "Isso é problema deles!"

Em entrevista a rádio local Cabiúna, Nelson Santos, diretor do União, citou Moura como quem teria se comprometido a regularizar os atletas. O então presidente da FPF teria até enviado as carteirinhas que dariam condições aos jogadores para atuar na competição. "Se recebemos as carteirinhas, não temos mais nada mais a fazer senão colocar os atletas em campo", disse Santos no início da semana.

Esse seria o principal argumento do União para tentar escapar da punição nos jogos contra a Adap (25/02), Londrina (01/03) e Roma (05/03) – perda de 18 pontos, quatro a mais do que conquistou em campo – e rebaixamento no lugar do Toledo.

A prova, contudo, perdeu força antes mesmo de ser apresentada no julgamento de quinta-feira. Segundo Moura, especificamente neste estadual existia possibilidade de o clube receber a tal carteirinha mesmo sem o atleta estar regular na CBF.

"Quando o campeonato começou a CBF estava de férias. Por isso fiz um ato autorizando os atletas a jogarem apenas liberados pela FPF", revelou.

No fim de janeiro, quando a CBF voltou a funcionar, todos os contratos de jogadores inscritos no Paranaense teriam sido enviados ao Rio de Janeiro. Logo depois, dez desses documentos (protocolados na entidade no dia 3/2), todos do União, foram devolvidos sem serem registrados.

"Se os contratos foram devolvidos, é bem possível que eles não tenham pago a taxa", completa Moura.

O dirigente revelou também que no início da competição, com a ameaça de abandono do União, a FPF acabou bancando as taxas de transferências de mais de 20 jogadores. Contudo, no caso da taxa de registro na CBF, a cobrança seria feita direto com o clube.

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