Ao final do primeiro turno do Brasileiro, Atlético e Coritiba concluíram as 19 rodadas longe do que esperavam. Um segue na zona de rebaixamento, em 17.º, enquanto o outro está distante do grupo da Libertadores, em 9.º lugar. Para não ver a ameaça de degola crescer, no caso do Furacão, ou ficar no marasmo do meio da tabela, no do Coxa, terão de realizar campanhas bem melhores nos confrontos de volta.
Após um começo desastroso, que rendeu seis rodadas na lanterna e apenas uma fora do grupo dos quatro últimos, os planos atleticanos tiveram de ser alterados. Se a diretoria acreditava na luta pelo título, agora o discurso é traçar objetivos conforme o momento. O primeiro é sair da zona de risco.
Com base no Brasileiro do ano passado, o Furacão precisa fazer 24 pontos no segundo turno, o que significa 8 vitórias em 19 jogos. Com isso, o clube atingiria os 42 pontos que livraram o Atlético-GO em 2010. O detalhe é que, com os mesmos 42, mas com duas vitórias a menos, o Vitória foi rebaixado. Hoje o Rubro-Negro está a 2 pontos do Bahia, o último fora da ZR.
Porém, de acordo com o diretor de futebol Alfredo Ibiapina, o Atlético não irá se contentar com a permanência na Série A. "Vamos por partes. Depois de escapar, vamos pensar na Sul-Americana e até em Libertadores. Não é fácil, mas é possível", diz o dirigente. Neste caso, o time precisaria de mais 45 pontos.
Campeão invicto do Paranaense, vice da Copa do Brasil, e recordista nacional de vitórias seguidas (24), o Verdão partiu mirando o título. Envolvido na decisão da Copa do Brasil, perdeu para Atlético-GO, em casa, e Corinthians, fora.
Ao longo da competição, por diversas vezes passou a impressão de embalar rumo ao G4. Porém, até então, nada feito. Com 26 pontos, o Coxa está a oito do Botafogo, quinto colocado, hoje o último a garantir vaga na Libertadores o Vasco, já classificado, está em quarto.
Comparando com o Brasileiro 2010, o Alviverde precisaria somar mais 37 pontos, o que significa ganhar 12 jogos e empatar outro. Visando o título, são necessários 45 pontos (15 vitórias). "Em termos de pontuação, estamos bem aquém da expectativa. Em termos de produção, às vezes jogamos bem e não definimos", avalia o técnico Marcelo Oliveira.
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