"Der Fussball ist eine einzelne sprache", disse Lothar Matthäus ao ser apresentado, ontem pela manhã, ao elenco atleticano. "Futebol é uma só língua", traduziu imediatamente o intérprete Klaus Junginger e repetiram em várias entrevistas os jogadores. "Fútbol es solo un idioma", adaptou o meia colombiano Ferreira, no seu costumeiro portunhol.
Foi no estilo Torre de Babel o primeiro dia de Matthäus no CT do Caju. Ao final dele, parece que todos se entenderam. Pelo menos o time está escalado para o jogo de hoje, contra o Cianorte, às 20 horas, na Arena, com alguns palpites do novo técnico devidamente anotados por Vinícius Eutrópio e pelos atletas.
A estréia do alemão ficou mesmo para a partida de sábado, contra o Galo Maringá, também na Arena. Hoje à noite ele ficará num camarote conversando via sistema de rádio com Eutrópio. "Se não quiser, eu mesmo vou pedir isso. Posso estar mais integrado ao grupo, mas é o comandante. Seria um desperdício não usar seus conhecimentos", disse o auxiliar.
Matthäus, sempre ao lado do sombra Junginger, passou o dia conversando com membros da comissão técnica e atletas. Pela manhã, enquanto o time fazia um treino técnico, se limitou a pedir informações a Eutrópio e ao coordenador de futebol Borba Filho. No treino tático da tarde, arriscou passar instruções da beira do campo e falar individualmente com alguns titulares.
"É só o meu primeiro contato e não queria intervir demais. Amanhã (hoje) ainda não estarei totalmente integrado às funções de treinador", afirmou o ex-camisa 10 da Alemanha, via tradutor, enquanto dizia entender parte das perguntas e esboçava as primeiras palavras em português "Vamos", "Primeiro a televisão" e "Agora rádio" captadas da entrevista coletiva após o treino.
Ele pretende implantar aos poucos o seu estilo no Furacão. "O sistema que utilizo é conhecido por todos os jogadores. Mas não podemos limitar a uma só tática. É bom ter várias alternativas", explicou Matthäus, que já anunciou a primeira novidade importada da Europa: o time treinará hoje, às 10h30, menos de 12 horas antes de entrar em campo.
Os jogadores aprovaram a novidade. "Claro que estávamos ansiosos antes do primeiro contato, mas depois vimos que não era nada daquilo", admitiu o volante Alan Bahia. "É uma pessoa divertida, que anima o grupo. Está tentando aprender português também", acrescentou o zagueiro Paulo André, único instruído diretamente pelo novo comandante, em inglês.
Se na comunicação os problemas foram superados, o mesmo não se pode dizer do clima. O forte sol de ontem deixou marcas (vermelhas) na pele de Matthäus. Bem-humorado em seu primeiro dia, ele não perdeu a oportunidade de brincar com a situação. "Já comprei protetor solar porque ainda estou com a tintura européia e não a brasileira. Mas isso vai mudar...", prometeu o alemão, que tem pela frente ainda em fevereiro uma escaldante excursão pelo interior paranaense. As quentes cidades de Rolândia, Francisco Beltrão e Cianorte estão na agenda rubro-negra.
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