Osaka, Japão Contra a elite mundial, o Brasil enxerga sua realidade no atletismo, bem distante da euforia das 23 medalhas (nove de ouro) conquistadas no Pan do Rio. No Mundial de Atletismo de Osaka, a medalha de prata ganha por Jadel Gregório, no salto triplo, deve ser a única, o que já é uma evolução para um país que não teve nenhum pódio no Mundial de Helsinque, em 2005. Ontem, apesar das esperanças, o Brasil ficou longe das medalhas: foi sexto com Maurren Maggi e sétimo com Keila Costa no salto em distância, e sexto com Fabiana Murer no salto com vara.
Em mundiais, os técnicos brasileiros contam o número de finais a que seus atletas conseguem chegar o país não é Estados Unidos ou Rússia, que contabilizam medalhas. "Já estamos melhor do que em Helsinque. No geral, temos cinco finalistas (incluindo Jadel)", disse o técnico Nélio Moura, de Maurren e Keila.
Na final, Maurren piorou sua marca da fase de qualificação, que era de 6,95 metros e lhe daria a medalha de prata. Saltou 6,80 metros, amargando a sexta colocação. Keila foi a sétima, com 6,69 metros. As russas dominaram o pódio: Tatyana Lebedeva (7,03 metros), Lyudmila Kolchanova (6,92 metros) e Tatyana Kotova (6,90 metros).
"Eu estava preparada para saltar mais", disse Maurren, sem esconder a decepção. Osaka foi seu terceiro Mundial, e ela sempre esteve entre as finalistas foi oitava em Sevilha (1999), sétima em Edmonton (2001) e sexta em Osaka. "O sexto lugar é bom, só que eu estava preparada para mais, poderia passar dos 7 metros." Maurren e Keila disputam hoje, às 7h30 (de Brasília), as eliminatórias do salto triplo.
Fabiana Murer, ao contrário de Maurren, não falou em decepção e festejou o sexto lugar no salto com vara. Em Helsinque, não foi à final ficou em 14.º lugar, com um salto de 4,40 metros. Em Osaka, levou o Brasil pela primeira vez na história a uma final da prova. Saltou 4,65 metros, melhor marca pessoal na temporada ao ar livre e um centímetro a menos que seu recorde sul-americano (4,66 m).
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