Alçado ao posto de mito do esporte nos últimos dias, numa justa reverência ao seu bom futebol no momento de pendurar as chuteiras, Zinedine Zidane viu sua popularidade explodir em escala muito superior até mesmo se comparada aos melhores dias em que pisou o gramado, quando eleito pela Fifa o melhor jogador do planeta (1998, 2000 e 2003). E passada agora a Copa do Mundo, basta somar a isso uma cabeçada/ expulsão na decisão e pronto: temos a Zidanemania instalada.
Antes da intempestiva agressão em Materazzi, Zizou já estava na boca do povo. Qualquer debate especializado, conversa de bar, papo de elevador e lá estava o craque francês, provocando suspiros nos amantes da bola. E, consequência natural dos tempos modernos, na mesma medida Zidane bombava na internet, melhor veículo para se atestar o "ibope" de alguém hoje em dia. A despedida melancólica não alterou essa euforia. Pelo contrário, Zizou ficou bem na posteridade.
Fazendo uma busca por "Zidane" no Google (ferramenta de pesquisa na internet), ontem, encontramos 25, 5 milhões de ocorrências em páginas espalhadas pelo infinito espaço virtual. Para se ter uma idéia, basta comparar com a procura por "Ronaldinho", que possui o resultado de 18,3 milhões de ocorrências.
Em outra dimensão virtual, o ex-camisa 10 da França aparece literalmente 2.117 vezes no You Tube (site que permite que qualquer usuário carregue, veja e compartilhe vídeos), atuando com a camisa da Juventus, da Itália, do espanhol Real Madrid (seu último clube) e da seleção de seu país. Mais um resultado que expressa a projeção obtida em decorrência do destaque na competição mais importante do mundo.
Em sua maioria, pequenas compilações editadas por fãs em que se pode assistir a verdadeiras aulas sobre os fundamentos básicos do já denominado rude esporte bretão: passar, lançar, chutar, matar a bola, cabecear (a bola, novamente), entre outras coisas. Basta uma rápida conferida para entender que, se no futebol o "difícil é fazer o fácil" (como dizem os entendidos do esporte), Zidane mostra que sabia fazê-lo como ninguém.
Mas não é só isso. Entre as pérolas do You Tube não poderiam faltar, para deleite dos aficcionados, amostras daquele "algo mais" que marcaram a figura elegante do careca filho de argelinos como um dos principais jogadores de todos os tempos.
Tem Zizou dando chapéu (incluindo aquele no Ronaldo, de triste memória, na despedida do Brasil), tocando de letra, de calcanhar, driblando, dando a roleta (drible em que pisa na bola de costas no adversário e gira para se livrar dele), etc. Quando oportuno, Zidane também sabia fazer "uma graça", como o locutor Galvão Bueno classifica as jogadas bonitas dos adversários da nossa seleção.
Na internet: www.youtube.com
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