São Paulo (AE) Velocistas norte-americanos, fundistas africanos, saltadores suecos e russos, lançadores cubanos o Mundial de Atletismo, a partir de sábado, em Helsinque, na Finlândia, é uma das competições mais globalizadas do mundo. Mesmo assim, será afetado pela ausência de alguns campeões olímpicos nos Jogos de Atenas, em 2004, lista que aumentou para seis ontem. Entre as ausências, a do sueco Christian Olsson, ouro olímpico no salto triplo, favorece o brasileiro Jadel Gregório, a maior esperança do Brasil de bom resultado.
Após 22 anos, o Mundial volta para o lugar onde nasceu. A capital finlandesa foi a sede da primeira edição, em 1983. Na época, a comunidade mundial do atletismo não se reunia desde a Olimpíada de Munique, em 1972, atingida por sucessivos boicotes (o torneio teve 153 países, com União Soviética e Alemanha ganhando a maioria das provas). Desta vez, o Mundial terá cerca de 2.000 atletas, de 205 países, segundo Antti Pihlakoski, diretor-executivo do Comitê Organizador.
Estão entre as ausências o marroquino Hicham El Guerrouj que ganhou os 1.500 m e os 5.000 m em Atenas contraiu um vírus que o afastou das pistas. Olsson perdeu a temporada por causa de uma lesão no pé e o campeão olímpico dos 200 m, o norte-americano Shawn Crawford, só correrá os 100 m, também devido a uma lesão no pé. A britânica Kelly Holmes, campeã em Atenas dos 800 m e 1.500 m, também se retirou por causa de lesão. Ontem, o japonês Koji Murofushi, campeão olímpico no martelo, anunciou que não irá a Helsinque, assim como o tricampeão do lançamento do dardo, Jan Zelesny.
A maior ausência, no entanto, anunciada há alguns dias, será a do jamaicano Asafa Powell, recodista mundial dos 100 m (9s77). Powell sofreu uma contusão no músculo adutor e deixou o caminho livre para o campeão olímpico, o americano Justin Gatlin que poderá vencer os 100 m e 200 m.
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