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O técnico Muricy Ramalho voltou a disparar contra a estrutura do Fluminense e negou que os resultados ruins do time no início de 2011 tenham influenciado na sua saída do clube. Ele deixou o comando da equipe no último domingo, após o empate por 0 a 0 com o Flamengo, pela Taça Rio, alegando que o clube não disponibilizava as condições ideias para que ele trabalhasse.

"Entendo que ele (Peter Siemsen, presidente do Fluminense) esteja tendo dificuldades. A prioridade no momento é diferente. Mas a gente tem que fazer o básico. O centro de treinamento eu sabia que não faríamos esse ano, não tem condições. Mas alguma coisa tinha que fazer. Nossos jogadores estão sempre machucados. Nosso campo machuca os jogadores. Eu defendi isso, não podia ver aquilo e não fazer nada", disparou, em entrevista à TV Bandeirantes.

Campeão brasileiro com o Fluminense em 2010, o treinador não conseguiu repetir o desempenho nesta temporada. A equipe caiu nas semifinais da Taça Guanabara - o primeiro turno do Campeonato Carioca - e ainda não venceu na Libertadores, na qual está na terceira colocação do Grupo 3, com apenas dois pontos após três partidas disputadas.

"Não estávamos fazendo uma boa Libertadores, mas ainda está em aberto. Nosso clube pode recuperar. O time é de fazer coisas que ninguém imagina. Há um ano ficou na primeira divisão sem ninguém esperar. Mas eu não posso pensar só na Libertadores. Eu preciso pensar em tudo, em tudo que larguei para ficar aqui. Abri mão de um contrato de dois anos pelas minhas ideias. É assim que eu penso", completou.

Muricy ainda revelou que sua insatisfação com a estrutura do Fluminense era antiga. "Não posso chegar no trabalho e não ter condições de trabalhar, de melhorar o jogador. Fui aguentando e uma hora estourou. Me aborrece. Não estou chateado com ninguém, o ambiente é ótimo, mas já estava definido. Só não fui embora antes por causa do clássico", afirmou.

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