Sem emprego há pouco mais de duas semanas, Muricy Ramalho pode estar curtindo seus últimos dias de folga. Uma reunião nesta quarta-feira entre Gilberto Cipullo, vice-presidente de futebol do Palmeiras, e Márcio Rivellino, seu empresário, pode selar sua ida para o Palestra Itália. E o convite alviverde é confirmado pelo próprio técnico.
"Tenho um convite sim e pedi um tempo para descansar. Tinha de fazer a rescisão com o São Paulo ainda e esse tipo de coisa não é para mim. Não assinei porque preferi descansar, e agora vou começar a conversar", disse Muricy, em entrevista à Rádio Guaíba.
O treinador também procurou desassociar a sua demora a qualquer empecilho com a Traffic, parceira do Palmeiras na compra de jogadores. Segundo ele, a empresa não interfere nas coisas do clube.
"Começamos a conversar ontem (terça-feira) com o Palmeiras e tem que acabar com esse negócio no futebol de que você sai de um time e tem de ir para outro. Não tem nada a ver isso da Traffic. Eles só contratam e não têm ingerência nenhuma".
Muricy também afirmou que não se sente injustiçado por ter sido mandado embora do São Paulo depois de três anos e meio no clube. Nesse período, caiu em quatro edições da Taça Libertadores e venceu três vezes o Brasileiro.
"Bola é assim mesmo. Você tem de ganhar, senão está fora. Ainda mais eu, que sou um cara que não agrado muito às pessoas, não aceito muitas coisas. Fiquei três anos e meio porque ganhei e porque a torcida me segurou. No Brasil isso (tempo no clube) é quase impossível".
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