Vendido para o empresário João Destro, em junho, o Pinheirão ainda guarda parte da memória do futebol paranaense. Seguem encaixotados em uma das salas do estádio troféus, camisas, flâmulas, entre outros artigos que compunham o museu Evangelino da Costa Neves. E o destino do acervo é tão incerto quanto o da praça esportiva.
"Não sei. Pra quê você quer saber isso?", declarou irritado Orlando Colaço, assessor da presidência da Federação Paranaense de Futebol (FPF), ao ser questionado sobre o futuro do patrimônio histórico. O vice-presidente, Amilton Stival, também não soube responder a mesma pergunta.
Sabe-se apenas que após arrematar o imóvel em leilão, o novo proprietário permitiu que a entidade mantivesse os seus objetos no local, incluindo os pertencentes ao museu. Chance que deve durar até ser decidido o novo rumo da praça esportiva, um símbolo da Era Onaireves Moura à frente da FPF.
Inaugurado ainda durante a gestão do polêmico cartola, em 2006, o museu recebeu o nome de Evangelino da Costa Neves, o célebre ex-presidente do Coritiba. Graças à boa vontade de apaixonados pelo esporte no estado como os familiares do dirigente coxa-branca foi possível reunir um acervo respeitável.
No entanto, o público teve poucas oportunidades de aproveitar o espaço e relembrar alguns dos principais feitos do futebol paranaense, entre bolas, fotos, recortes de jornais e muitas taças. Logo em seguida, em 2007, o Pinheirão acabou lacrado pela Justiça e teve todos os seus acessos fechados para atividades públicas.
Desde então, o museu foi completamente abandonado pela federação. Sem qualquer segurança, ladrões entraram no estádio por um buraco feito na parede e roubaram uniformes antigos. Na mesma época, a sala onde ficava o Tribunal de Justiça Desportiva também foi invadida. A partir destes incidentes, a FPF decidiu reforçar a vigilância no setor.
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