Controle de fronteiras, aviões da Otan, robôs e a presença do exército compõem parte da estratégia de segurança para a Copa 2006. As medidas foram aprovadas esta semana por oficiais estrangeiros que conheceram o plano alemão para o Mundial.
"Tenho a impressão de que eles estão muito bem preparados. Para todos os cenários imagináveis", afirmou às agências internacionais Min Jan, responsável pela segurança antiterrorismo da Coréia do Sul, sede da Copa de 2002 ao lado do Japão.
O voto de confiança não elimina algumas polêmicas. O governo confirmou, na sexta-feira, que controlará as fronteiras com os países vizinhos Dinamarca, Áustria, França, Bélgica, Holanda e Luxemburgo , deixando parcialmente suspensa a livre circulação de cidadãos prevista no "Acordo de Schengen", firmado entre os membros da União Européia.
A presença do exército no pacote de segurança também levantou debates no país onde a atividade militar é limitada desde o fim da Segunda Guerra. Ainda assim, além das forças policiais, 2 mil soldados ocuparão pontos estratégicos e outros 5 mil estarão de prontidão.
Outra medida confirmada durante a semana foi a utilização de aviões da Otan (Organização do Tratato do Atlântico Norte) para controlar o espaço aéreo. A estratégia foi utilizada durante a Olimpíada de Atenas, em 2004.
O Mundial também vai ganhar uma alternativa inédita de segurança. Robôs capazes de detectar armas nucleares, químicas e biológicas serão usados nas sedes dos jogos e também vão ajudar a monitorar os torcedores na medida em que entram nos estádios.
Apesar de todas as precauções, o governo alemão não quer passar uma imagem negativa. "Não queremos um torneio blindado", disse o ministro do interior alemão, Wolfgang Schauble ao jornal espanhol El País. "Vamos fazer tudo o que for humanamente possível para que o Mundial seja seguro, mas sem perder de vista o lema do torneio o mundo entre amigos", completou. (ALM)
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