Aos 50 anos, Kazu não só está na ativa, como ainda marca seus gols.| Foto: Facebook Coritiba/

Ídolo do Coritiba no fim dos anos 80 e ainda na ativa aos 50 anos, o atacante Kazuyoshi Miura, o Kazu, primeiro japonês a atuar no futebol brasileiro, mandou um alô para a torcida alviverde essa semana. Mais especificamente, desejou feliz aniversário a Christian Kendji, lateral esquerdo do sub-17 do Coxa, que, por sua ascendência oriental, tem justamente o apelido de Kazu - o Kazuzinho, como é mais conhecido no Alto da Glória.

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“Feliz aniversário, Kendji. Eu ainda não conheço você pessoalmente, mas quero conhecer futuramente quando visitar Curitiba”, disse em perfeito português o maior jogador da história do Japão em vídeo postado no Facebook do Coxa ao jovem que completou 17 anos dia 18 de março e vem figurando nas convocações da seleção brasileira de base - jogou o Sul-Americano sub-17 desse ano. “Bastante sucesso, bastante títulos no Coxa e muita boa sorte”, desejou o ídolo oriental, que afirmou à imprensa de seu país que pretende seguir jogando até os 60 anos, se tiver condições.

Kazuzinho, lateral esquerdo do Coxa que vem figurando nas seleções de base.  
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Uma semana antes do aniversário de Kazuzinho, no dia 12 de março, Kazu bateu o próprio recorde de atleta mais velho a marcar um gol pela J-League, o Campeonato Japonês. Diante Thespakusatsu Gunma, o atacante vovô marcou o gol da vitória do Yokohama FC pela segunda divisão da J-League, aos 40 minutos da etapa final.

Pelo Coritiba, Kazu foi campeão paranaense em 1989.  

Pelo Coritiba, Kazu conquistou o Paranaense de 1989 em uma das equipes mais fortes da história do clube, que tinha Carlos Alberto Dias, Osvaldo, Serginho Cabeção, Tostão e Chicão, comandados pelo técnico Edu Coimbra, irmão de Zico. Kazu chegou ao Brasil em 1982, Ingressou na base do Juventus-SP e permaneceu no Moleque Travesso até 1986. Peregrinou por clubes menores, como o Matsubara, CRB e o XV de Jaú-SP até chegar ao Coritiba, em 1989, time que o projetou à fama, antes de brilhar no Santos.

Mesmo sem ver o Kazu original jogar no Brasil, já que o veterano ficou no país até 1990, dez anos antes de Christian nascer, Kazuzinho declarou à Gazeta em 2016 querer conhecer a história do jogador que inspirou seu apelido. “Ele é um tipo de Pelé japonês”, compara. Não à toa, Kazu é chamado de “The King” no Japão.